Foi já agendada a data das eleições de 37 dos 61
delegados à Assembleia Geral (AG) da Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB),
ponto de partida para a escolha da futura Direção da FPB.
Como tal, este momento deve ser entendido como a
alvorada do basquetebol português, que pretendemos se prolongue num quadro
promissor e de excelência, qualitativa e quantitativamente.
Num movimento de cidadania ativa, sem constrangimentos
geográficos, nem restrições aos anos de ligação à modalidade, os pretendentes a
delegados devem apresentar as suas candidaturas até 16 de maio, tendo de
cumprir, unicamente, com as especificidades do Regulamento Eleitoral.
Como potencial candidato à presidência da Direção da
FPB, e no âmbito de uma eventual candidatura que somente apelará à união das
pessoas, que emergirá pela qualidade do seu projeto e se distinguirá pelos
valores dos seus compromissos, não me envolverei nessa discussão pré-eleitoral,
nem promoverei quaisquer candidatos a delegados.
Defendo, sim, que os delegados devem participar nas
AG’s da FPB assumindo um escudo de independência e adotando um espírito isento
na defesa intransigente dos superiores interesses da modalidade, contribuindo
assim para um debate vivo e de construção de um basquetebol melhor.
Sei que a gestão da FPB deverá assentar em
pressupostos de qualidade, rigor, ambição e sustentabilidade e, portanto, o que
está em causa, a partir do momento em que foi aberto este momento eleitoral, é
a apresentação de delegados preparados para avaliar projetos e visões da
modalidade e com capacidade de, eles próprios, sugerirem ideias e propostas que
signifiquem evolução.
As questões que se colocam, neste momento, aos agentes
desportivos do basquetebol – ou seja, a qualquer um de nós!, independentemente
de nos mostrarmos muito ou pouco ativos nas diferentes áreas de intervenção e
de evidenciarmos ou não vontade de nos perfilarmos como candidatos a delegados
–, são as seguintes:
- Que basquetebol português pretendo?
- Estou ou não disposto a participar num movimento
aberto, livre e singular que pretende projetar o basquetebol português no
futuro?
Opções terão de ser feitas. Algumas delas até em
prejuízo individual, mas que promoverão um sentimento de plenitude pessoal e
sustentarão a convicção de dever cívico cumprido assim que se vislumbrarem
resultados. É este o aliciante do desafio!
Sejam quais forem as suas orientações desportivas e
estratégicas, faço, pois, o apelo à envolvência a todos os agentes desportivos
(dirigentes, treinadores, atletas e juízes) nos processos de escolha dos
delegados – intervirei, apenas, para que sejam transparentes –, pois o
importante é que se iniciem discussões profícuas e altivas, nos locais
próprios, do que é melhor para o basquetebol português.
É preciso não esquecer que havia o antes e haverá o
depois… e que a marca do depois depende apenas de nós.
António Pereira
No comments:
Post a Comment