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Tuesday, May 6, 2014

TREINADORES – PORQUE DEVEM ELEGER OS SEUS DELEGADOS

Este é o teor de um email que fiz seguir para uma lista de email de treinadores.
Peço desculpa de não enviar a mais treinadores, mas só posso enviar aos quais tenho endereço de email. 
Agradeço que façam reencaminhamento deste conteúdo se acharem por bem. 

Conteúdo do email:

Os treinadores de basquetebol têm uma função fundamental no desenvolvimento da prática do basquetebol, o que lhes traz acarreta responsabilidades acrescidas no que diz respeito á sua envolvência com as organizações desportivas e forma de perspectivar o futuro do basquetebol.

Muitos de vocês, frutos de diversos anos de estudo e trabalho, tem colaborado incansavelmente para que os jovens pratiquem basquetebol e que se desenvolvam como atletas e homens. Ao nível sénior, os desafios são outros mas tenho a certeza de que todos querem praticar bom basquetebol e ganhar.

Consciente do contexto económico e social que o país atravessa, considero que, apesar disso há necessidade de dar um novo rumo à gestão da FPB. O desafio é o de dar um novo impulso, uma nova visão ao basquetebol.

Uma nova forma de abordar a gestão do basquetebol tem como intenção o envolver todos os responsáveis da modalidade à volta desse projecto. Todos temos de saber ao que vimos, que trilhos vamos percorrer e onde queremos chegar.

Ao se aproximar o acto eleitoral dos delegados, e tendo em consideração sobre o quanto é importante esta eleição, venho desafiar os treinadores a serem uma vez mais activos naquilo que consideram o que é melhor para o basquetebol.

Como escrevi anteriormente, não me parece correcto patrocinar qualquer delegado, mas parece-me correcto incentivar os treinadores a terem uma voz activa na assembleia delegada por forma a poderem escolher qual o melhor modelo de gestão da FPB e do basquetebol português no futuro.

A eleição dos órgãos directivos da FPB começa a desenhar-se com esta eleição de delegados e por isso a importância da eleição dos delegados.

Ciente que os treinadores sabem qual a responsabilidade deste acto, e do quanto é vital a sua participação, e ajudando-os aos mais desatentos a tirar qualquer tipo de dúvida, junto em anexo o regulamento eleitoral, convocatória para a eleição dos delegados, impresso para candidato a delegado bem como o impresso de subscrição de delegado.

Espero sinceramente, que os treinadores correspondam a este apelo e estejam disponíveis para colaborarem nas decisões que podem condicionar o futuro do basquetebol em Portugal.

António Pereira



Thursday, May 1, 2014

Um momento conturbado na NBA

Nos últimos dias, tenho seguido com muito interesse as notícias acerca das palavras que Donald Sterling proferiu numa conversa privada e que ao serem divulgadas geraram uma onda de repulsa e indignação na sociedade americana e pelo mundo fora.

Não me debruço sobre o conteúdo da conversa divulgada mas sim acerca do poder das marcas/patrocinadores/parceiros comerciais, bem como da própria NBA na defesa da imagem e de todo o aspecto comercial da competição. 

Com três patrocinadores a suspendem de imediato o seu apoio (Mercedez-Benz, CarMax e Virgin America) e outras sete que suspenderam o seu apoio de forma temporária (Diageo, Kia, State Farm, Red Bull, Sprint, Corona, Aqua Hydrate, Burger King e Commerce Horel & Casino) para além da Samsung que suspendeu momentaneamente a sua relação com a equipa mas que recuou a tempo do último jogo, foram levantadas diversas questões por pate dos diversos stakeholders à volta da imagem do basquetebol, da importância das marcas e seus apoios financeiros e repercussão na imagem destas.

A NBA ao tomar a decisão de banir para sempre bem como obrigar o proprietário dos Los Angelos Clippers a vender a sua organização, teve em conta os interesses da modalidade, da sua imagem, bem como o interesse das outras organizações desportivas, colocando-se agora em causa sobre se tem legitimidade no que diz respeito ao obrigar Donal Sterling a vender a equipa.

Este é um sinal inequívoco sobre a importância da gestão de um produto, dos seus patrocinadores e da imagem de quem organiza a competição e equipas que participam na competição.

Assim, duas lições se podem retirar desta situação criada por palavras ditas em foro privado, e tornadas públicas: defesa dos interesses do basquetebol como máxima e o poder dos marketers na defesa das suas marcas e respectivo retorno do investimento.


Esta é uma lição que não nos devemos esquecer mesmo numa competição como a portuguesa: a defesa dos supremos INTERESSES DA MODALIDADE, dos seus CLUBES e dos seus PARCEIROS COMERCIAS. 

Sunday, April 20, 2014

A ALVORADA DO BASQUETEBOL PORTUGUÊS - da importância da eleição dos delegados…

Foi já agendada a data das eleições de 37 dos 61 delegados à Assembleia Geral (AG) da Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB), ponto de partida para a escolha da futura Direção da FPB.

Como tal, este momento deve ser entendido como a alvorada do basquetebol português, que pretendemos se prolongue num quadro promissor e de excelência, qualitativa e quantitativamente.

Num movimento de cidadania ativa, sem constrangimentos geográficos, nem restrições aos anos de ligação à modalidade, os pretendentes a delegados devem apresentar as suas candidaturas até 16 de maio, tendo de cumprir, unicamente, com as especificidades do Regulamento Eleitoral.

Como potencial candidato à presidência da Direção da FPB, e no âmbito de uma eventual candidatura que somente apelará à união das pessoas, que emergirá pela qualidade do seu projeto e se distinguirá pelos valores dos seus compromissos, não me envolverei nessa discussão pré-eleitoral, nem promoverei quaisquer candidatos a delegados.

Defendo, sim, que os delegados devem participar nas AG’s da FPB assumindo um escudo de independência e adotando um espírito isento na defesa intransigente dos superiores interesses da modalidade, contribuindo assim para um debate vivo e de construção de um basquetebol melhor.

Sei que a gestão da FPB deverá assentar em pressupostos de qualidade, rigor, ambição e sustentabilidade e, portanto, o que está em causa, a partir do momento em que foi aberto este momento eleitoral, é a apresentação de delegados preparados para avaliar projetos e visões da modalidade e com capacidade de, eles próprios, sugerirem ideias e propostas que signifiquem evolução.

As questões que se colocam, neste momento, aos agentes desportivos do basquetebol – ou seja, a qualquer um de nós!, independentemente de nos mostrarmos muito ou pouco ativos nas diferentes áreas de intervenção e de evidenciarmos ou não vontade de nos perfilarmos como candidatos a delegados  –, são as seguintes:
- Que basquetebol português pretendo?
- Estou ou não disposto a participar num movimento aberto, livre e singular que pretende projetar o basquetebol português no futuro?
  
Opções terão de ser feitas. Algumas delas até em prejuízo individual, mas que promoverão um sentimento de plenitude pessoal e sustentarão a convicção de dever cívico cumprido assim que se vislumbrarem resultados. É este o aliciante do desafio!

Sejam quais forem as suas orientações desportivas e estratégicas, faço, pois, o apelo à envolvência a todos os agentes desportivos (dirigentes, treinadores, atletas e juízes) nos processos de escolha dos delegados – intervirei, apenas, para que sejam transparentes –, pois o importante é que se iniciem discussões profícuas e altivas, nos locais próprios, do que é melhor para o basquetebol português.

É preciso não esquecer que havia o antes e haverá o depois… e que a marca do depois depende apenas de nós.


António Pereira

Saturday, March 8, 2014

Acerca das eleições para a FPB - 2014

De há alguns anos a esta parte, as pessoas ligadas ao basquetebol, bem como alguns dos seus simpatizantes e público em geral, têm questionado a gestão da modalidade e isto devido a diversos fatores.

O basquetebol foi uma modalidade tida como referência até a uma certa data, onde se destaca a gestão da FPB, a formação de treinadores, a criação dos centros de alto rendimento, a criação de uma liga profissional, o espetáculo que proporcionava ao público, sua mediatização e visibilidade nos órgãos de comunicação social, etc.
De repente, e devido a tomadas de decisão erradas e, muitas vezes, eu diria até bastantes, por falta de tomadas de decisão, a modalidade passou a ser vista de uma outra forma pelo público consumidor e eventuais patrocinadores. Alguns destes erros foram feitos pelas pessoas do basquetebol, mas também houve pessoas que se sentiram atraídas pelo basquetebol e que sem terem qualquer conhecimento de dirigismo deram a chamada 'machadas' no então já mau momento da nossa modalidade. Assim desde há pouco mais de uma década que os problemas no basquetebol se vêm acumulando e sem que se consiga inverter esta situação.
Com o aproximar das eleições para a FPB, algumas pessoas têm continuado a expressar o seu desagrado pela situação e têm mesmo apontado algumas soluções. É claro que apontar o que está mal é algo que tem sido feito mais amiúde que o contrário, mas parece consensual que é necessário fazer algo.
Há quatro anos o prof. José Curado tentou inverter esta situação, contudo a sua candidatura na hora do voto não obteve a maioria dos votos dos delegados e perdeu-se uma oportunidade, mas mais que a oportunidade perdeu-se acima de tudo anos de possível trabalho na correção do que está mal.
Já há muito tempo que se sabia que diversas pessoas tinham sido contactadas por um jornal desportivo no sentido de darem a sua opinião sobre o atual estado do basquetebol. Esse artigo saiu finalmente e fazendo um apanhado de algumas ideias bases pode-se dizer que na opinião dessas pessoas o basquetebol caiu no fundo e a partir de agora só se pode melhorar, para isso muito terá contribuído a FPB, que com o fim da Liga Profissional pensou que os problemas do basquetebol poderiam ter acabado, mas contudo as promessas então feitas não foram cumpridas, nomeadamente ao nível da credibilidade da competição, da promoção dos jogadores portugueses, da capacidade de captação de patrocínios e público. Contesta-se igualmente a liderança da FPB, os seus quadros, e a qualidade da formação de jogadores. Muito importante para mim é a referência à falta de um planeamento estratégico da modalidade e a capacidade de tomar iniciativas que mudem este estado de coisas.

Desta forma o que é e pode e deve ser feito para que esta situação seja invertida ?

Na minha opinião é preciso que haja uma pessoa que emerja como líder e que seja capaz de congregar à sua volta um movimento de pessoas que contribuam para a restruturação do basquetebol português. Sem o aparecimento desta pessoa poderá haver uma solução alternativa que é ser constituído um grupo interdisciplinar composto por pessoas muito competentes nas suas áreas e que estejam disponíveis para abraçar esta causa.

Parece-me que algumas destas decisões terão de ter em conta que a modalidade não pode continuar a ser gerida como no século passado, é imperioso que o basquetebol seja gerido como uma marca, que tenha a capacidade de inovar, de se diferenciar das restantes modalidades, que tenha uma boa estratégia de comunicação e para isso é necessário que haja gestores competentes, profissionais, que tenham competências multidisciplinares e que sejam capazes de colocar em prática as suas ideias e projetos.
No fundo, espera-se uma atitude vencedora deste grupo de pessoas que deverão atuar como uma verdadeira equipa campeã de basquetebol.


                        António Pereira

Saturday, November 30, 2013

AAC - O interrompimento de um percurso


Queria começar este texto por me apresentar. O meu nome é António Pereira, comecei a jogar basquete em 1969, tendo tido como primeiros treinadores os-jogadores Reis Pires e o Carlos Hilário. Fiz um trajecto de praticante na AAC até Junho/Julho de 1974 passando a representar nessa altura o Clube Académico de Coimbra onde me sagrei campeão Nacional em 1978 e 1979 e vice-campeão em 1977. Deixei de jogar em 1981, altura em que ingressei na Escola de Fuzileiros Navais. Depois de regressar do meu período militar passei a exercer as funções de treinador o que já fazia aliás, estimulado pelo ambiente que havia nessa altura e que envolvia as pessoas na secção na sua vida. Em 1991 fui o treinador principal da equipa sénior da AAC que se sagrou campeão Nacional da II Divisão (segundo nível de competição em Portugal na altura).
Embora a minha actividade profissional seja regulada pelo decreto lei nº 28/1998 e que me impede de exercer qualquer actividade no basquetebol para além da que exerço, não posso e nem devo deixar de ter uma opinião sobre o que se passou e se está a passar na AAC-secção de basquetebol, porque, foi onde eu recebi ensinamentos que contribuíram para eu me formar como homem, e sempre esperei que a secção continuasse a dar esse contributo aos jovens que por lá passassem, e também porque este ciclo começou com o Dr. Cassiano Afonso e pelo apelo que me fez á cerca de dez anos atrás de que era o de tornar a secção de basquetebol uma secção com a dimensão que a sua história exigia.
Ao longo destes quase dez anos nem sempre me mantive por perto. Alguns anos nem sequer entrei no pavilhão. Lembro-me que o meu filho que este ano voltou a jogar, a convite de alguém, me perguntou no inicio da época se este era um dos anos que vais ao pavilhão ou dos anos que não vais ao pavilhão ?
Feita esta introdução passava aos temas que gostaria de abordar, visto que já se escreveu muita coisa, deram-se muitas opiniões e eu quero aqui deixar a minha.m
Um pouco de história: a secção de basquetebol da AAC é uma das mais prestigiadas da Académica. Para isso muito terá contribuído os seus títulos de campeão nacional quer no sector masculino quer no sector feminino mas também pelo nível de organização que teve. Tenho que os dirigentes e treinadores da AAC, sempre foram bastante competentes e exigentes com a qualidade que pretendiam que a AAC tivesse nos mais diversos níveis. Por isso desde os anos 70 que a secção foi obrigada a recorrer a pavilhões externos ao Estádio Universitário porque essas instalações já não eram suficientes na altura, para o melhoramento das suas equipas. Mais tarde passou-se a usar o OAF, fruto do protocolo que havia. Aquando da eleição do presidente José Eduardo Simões, o basquete acabou por ter de sair destas instalações porque foi empurrado de lá para fora ao não lhe serem atribuídas nem horas suficientes de treino, nem em horas decentes. Graças á CMC o basquete passou a utilizar o novo pavilhão embora haja sistematicamente constrangimentos de uso devido á organização de eventos nesse espaço, o que leva a que a equipa não treine amiúdes como é exigido. Em 1991 utilizou-se o Estádio Universitário (quando eu era treinador) mas os obstáculos eram enormes, tais como não se podia treinar porque os funcionários estavam de férias, ou amanhã não se pode treinar porque é feriado, etc. Nenhuma equipa de competição pode estar condicionada por situações destas.
Devido a situações como estas o orçamento da secção de basquetebol da AAC aumentou consideravelmente. Claro que as outras secções desportivas e departamentos autónomas da AAC não tem culpa da ambição dos dirigentes da AAC, nem tem culpa de que eles queiram fazer algo em que acreditam como mais válido, mas esta foi uma realidade que não deixa de ser verdadeira.
Dividas: Para além do que se sabe publicamente sei pouco mais. Mas até por forma a não se colocar no mesmo barco todos os dirigentes, era conveniente que a DG (Direcção Geral da AAC), CD (Conselho Desportivo da AAC) e CF (Conselho Fiscal da AAC) e por ventura ex-presidentes, esclarecessem as contas com pormenor nomeadamente quanto ao valor da divida apurada e discriminá-la ano por ano por forma a sabermos quem foram os responsáveis por ela. Ainda ontem o ex-presidente Carlos Gonçalves fazia declarações num órgão de comunicação social em que afirmava que o passivo era quase o mesmo que tinha encontrado. Depreendo portanto que na época de 2012/2013 as contas não derraparam significativamente. Aquando da saída do ex-presidente Mário Castro (geriu a época de 2011/2012) afirmou no seu profile do facebook que deixava a secção sem dívidas e não foi contestado, embora se soubesse na altura que isso não era verdade. Assim a divida é de que ano ou anos ? quem foram os responsáveis ? como é que cada um contribuiu para esse valor ? só dessa forma é que poderemos saber como é que que cada direcção contribuiu para o valor tornado agora público e que se cifra entre duzentos e cinquenta a trezentos mil euros.
É obrigação da DG o CD e CF, esclarecer esta situação para que se faça justiça aos bons e imputar responsabilidades aos maus dirigentes. É um dever na minha opinião. Ainda sobre este assunto devem os estatutos da DG, serem alterados para que as contas sejam entregues a zero no fim do mandato e recebidas a zero pela nova direcção de cada seção ou departamento autónomo, contribuindo assim para uma melhor imagem da AAC e para uma sustentabilidade da Associação Académica de Coimbra.
Gestão Desportiva-época de 2013/2014: A opção estratégia de um departamento de basquetebol deve estar em consonância com uma filosofia de gestão mas também com os apoios financeiros existentes. Quando existe uma divida de muitos milhares de euros e não há apoios financeiros é claro para mim que a opção estratégia de continuidade de uma equipa só podia dar em problemas e não era realista e isto foi o que feito na secção de basquetebol da AAC pelos dirigentes actuais João Bigotte e José Luis Gonçalves. Foi negociado um orçamento e prometeu-se a vinda de x jogadores seniores e de x jogadores estrangeiros.  
A pergunta é como isto é possível se não há dinheiro ? Não seria mais correcto dizer aos treinadores (Jacinto Silva e Paulo Santos) e aos jogadores seniores que restaram da época passada e que são pessoas de referência na AAC (Fernando Sousa, Bruno Costa e Pedro Rebelo) que não havia dinheiro e portanto não era possível dar continuidade á ideia que o actual presidente escolheu.
E é precisamente por aqui que as coisas se complicaram. Quer treinadores quer jogadores nunca estiveram motivados para um outro tipo de projecto e nunca lhes foi dito que era assim ou teriam de romper a relação porque não havia condições. Foi sempre dada a ideia de que se ia resolver a situação e isso nunca aconteceu.
Era da responsabilidade dos dirigentes da secção de basquetebol da AAC, João Bigotte e José Luis Gonçalves, redefinirem a sua estratégia, e dá-la a conhecer aos interveniente, deixando que estes tomassem a decisão quanto ao seu envolvimento. Isto permitiria que todos os que dissessem sim estivessem no barco de livre e espontânea vontade, e embebidos de um espírito de ajuda e solidariedade entre eles ou que saíssem. Ora isto não aconteceu e a culpa é única e exclusivamente dos dirigentes da secção de basquetebol.
Aliás sabendo das dificuldades financeiras da secção eu próprio, juntamente com o ex-jogador Zé-To Gaspar, ex-dirigente João Medeiros e ex-dirigente João Pedro Chicória tomamos a iniciativa de angariar algum dinheiro para a secção de basquetebol, através de um envio de email para pessoas com passado ligado á AAC, e que foi então mal recebida pelo actual presidente da secção. Pensamos nós na altura que todo o dinheiro era bem-vindo mas não. Fomos enxovalhados publicamente e colocada a nossa dignidade e honradez em causa. Para quem tinha arranjado zero e arranjou zero, devia ter sido mais bem-educado e mais bem agradecido. Continuo e continuamos á espera de um pedido de desculpa público com o mesmo relevo com que foi dado na altura aquando dessa iniciativa. Foi ainda contactada a Escola Superior de Educação para que pudesse ser colmatar a falta de recursos humanos da secção, no sentido de saber se estava disponível para estabelecer um protocolo com a secção de basquetebol da AAC, no sentido de ter ao seu dispor alunos de diversos cursos para operacionar um gabinete de comunicação e marketing. A resposta foi positiva mas nunca foi colocada em prática pelos actuais dirigentes.
Quanto á formação o panorama é ainda pior. Duas faltas de comparência, uma no sector masculino por falta de transporte, e uma no sector feminino por falta de jogadores em número suficiente para inscreverem no boletim de jogo. Pelo meio fica o episódio da marcação de dois jogos com uma hora de intervalo, o que não é suficiente como se sabe, e sem boletim de jogo o que não é possível face aos regulamento do material necessário para a realização de um jogo. Quanto aos minis, a situação é caótica. Gerida por uma instituição (Caspae) que os pais nunca aceitaram, nunca foi bem gerida de forma satisfatória, e custa dinheiro á secção. Assim, devido á desorganização da secção (porque a empresa representa a secção neste caso) saíram dezenas de atletas que se encontram a treinar no pavilhão do OAF em representação de outro clube (ainda bem que não deixaram a prática da modalidade) e com as tabelas da AAC (ironia do destino).
Oportunidades: Quando elementos do governo disseram que a crise era no fundo uma oportunidade, ou que os jovens deviam imigrar e que isso era uma janela de oportunidades o que é que aconteceu ? todos disseram para serem eles a imigrar. Agora porque razão o acabar com uma equipa é uma oportunidade ? Oportunidade de quê ? oportunidade para quem ? É claro que o que se passou na secção de basquetebol não é condizente com uma prática de gestão desportiva responsável mas acabar com uma equipa não é igualmente uma atitude responsável na minha opinião, pelo menos nas circunstâncias que esta ocorreu porque só ocorreu por falta de coragem e de diálogo na colocação em prática de uma estratégia de gestão realista e em consonância com os valores da AAC.
Responsabilidades: No dia de acção de graças, que os americanos celebram como a reunião da família, foi a família do basquetebol confrontada com mais uma decisão que andava no ar.
Que ninguém deite as culpas á DG e ao CD que no fundo cumpriram com aquilo que disse que podia acontecer. Que ninguém deite igualmente as culpas á FPB que peca apenas por falta de adequação dos seus regulamentos quanto ao montante financeiro que uma equipa precisa de ter (cerca de cinquenta mil euros) para disputar uma competição tida como amadora-Liga Portuguesa de Basquetebol. As responsabilidades são de quem dirige e que não soube assumir esse papel.
 Acerca disto tudo o que mais me entristece mesmo é, que o basquetebol por todo o mundo continua em expansão, a sua visibilidade é enorme, a adesão ao jogo é extraordinária, e só em Portugal é que continuamos a não fazer nada em família para ultrapassarmos as dificuldades que nos são colocadas e prestigiar a nossa modalidade. Os problemas da modalidade passam pela resolução dos problemas nos clubes, depois ao nível dos clubes da mesma associação, sendo que a FPB deve e deverá ser a locomotiva que puxa este comboio esperando-se dela que seja máquina de um comboio TGV e não uma locomotiva a vapor porque os tempos de hoje são outros e as soluções para as resoluções podem e por certo que são diferentes.
O meu coração, que no passado já sofreu, hoje jorra lágrimas de dor por mais esta machadada no amor da minha vida.
 
 
 
 
 
 
 

Friday, October 4, 2013

A época basquetebolista de 2013/2014

Está quase a materializar-se o arranque oficial da época de 2013/2014 da LPB através da sua primeira competição, a Taça António Pratas. As diversas equipas que compõem o grupo a competir pelos diversos troféus da época, estão treinando á algumas semanas, mas algumas delas sem os planteis completos e por isso é natural que não se apresentem como esperaríamos.

O assunto sobre o qual quero expressar a minha opinião neste texto, é sobre a qualidade do jogo de cada equipa visto que este não é mais que o reflexo da soma das suas partes individuais, devendo desta forma refletir a qualidade individual do seu grupo de trabalho onde se inclui nomeadamente os jogadores bem como de treinadores.

E treinadores porquê ? porque estes ao escolherem  a estratégia a desenvolverem ao longo da época, entre os quais os movimentos ofensivos e defensivos da equipa, e que esperam que tragam  o maior sucesso possível ao grupo terão de saber escolher de um manancial de movimentos táticos quais os melhores a implementar e que permitam ao grupo crescer  na direção que a equipa técnica pretende e que vão ao encontro do sucesso coletivo.

Temos então que os movimentos ofensivos/defensivos escolhidos pelos treinadores devem refletir diversas questões, tais como as características dos seus jogadores e as suas qualidades individuais, em função de algo em que a sua equipa possa ter vantagem em relação aos seus opositores; e porque não dizer também em relação ao espetáculo que possam proporcionar ao publico. E isto é importante porque sem público e sem patrocinadores lá se vai os movimentos táticos porque as equipas não existem.

Coloca-se então a questão de que tipos de movimentos ofensivos e defensivos se quer desenvolver e se a equipa tem os jogadores que os possam executar. Alguns exemplos. Se temos jogadores interiores fortes e capazes de resolver o jogo então devemos insistir na marcação de pontos através do jogo interior. Contudo se não temos jogadores interiores que permitam isso, então é melhor jogar com menos jogadores dentro e apostar no jogo exterior. Se o plantel é curto em número de jogadores interiores então teremos de jogar com mais jogadores exteriores, se por outro lado não temos um base seguro e líder é provável que tenhamos de jogar com dois bases, e etc.

Sejam quais forem os movimentos ofensivos/defensivos do ponto de vista estratégico que os treinadores escolham, espera-se que estes possam ser desenvolvidos no contexto em que vão ser usados e que traduzam um basquetebol de qualidade.

Esperemos então que a época de 2013/2014, seja um reflexo de boas escolhas por parte dos treinadores e que todos nós tenhamos prazer em ver um jogo de basquetebol.

 

Thursday, April 25, 2013

Atrasadas mas ....


Com o atraso de muitos anos, diria cerca de uma década (não deverá ser difícil sabermos quando é Mário Saldanha ameaçou demitir-se) e depois de o basquetebol cair tanto em termos de qualidade, imagem, promoção e como espectáculo interessante para o público, vejo com muitos bons olhos finalmente a FPB tomar medidas que eram urgentes na altura (selecção nacional de seniores B, e junção da CNB1 e CNB2).

Faltará a realização de uma competição sénior masculina com as equipas espanholas da região da Galiza. Em 2007 estes mostraram-se muito receptivos da ideia mas a FPB nunca deu um passo que eu saiba.

Faltará ainda muito para se melhorar o nosso basquete mas espero que não se espere mais dez anos.

Aqui vão as ideias divulgadas na altura.


BASQUETEBOL QUE PRESENTE, QUE FUTURO

 ESTADO ACTUAL:


1 - HÁ FALTA DE INTERESSE (de patrocinadores e público)


2 - HÁ FALTA DE MOTIVAÇÃO


3 - HÁ FALTA DE NOVOS VALORES PORTUGUESES

 
4 - HÁ FALTA DE PROMOÇÃO (dos jogos a nível local e nacional usando os mais diversos meios)


5 - HÁ FALTA DE INVESTIDORES (reforçar os actuais e conquistar novos patrocinadores)

 
O QUE SE PRETENDE:

 
1 - PROVAS QUE GARANTAM A SUBIDA NO GRAU DE DIFICULDADE

 
2 - GARANTIR COMPETIVIDADE DA COMPETIÇÃO


3 - MANTER A MOTIVAÇÃO

 
4 - MANTER A COMPETIÇÃO A CUSTOS FINANCEIROS VIÁVEIS

 

5 - ATRAIR NOVOS INVESTIDORES

 
6 - PROMOVER O BASQUETEBOL ATRAVÉS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL (escrita e falada), REGIONAL E NACIONAL


QUADROS COMPETITIVOS:

- Campeonatos zonais e nacionais ao nível do escalão sub 12

- Campeonatos zonais e nacionais ao nível do escalão sub 14

- Adaptação do Campeonato Nacional de sub 20 com passagem a sub 21 (corresponde ao ciclo escolar universitário)

- Juntar as competições CNB1 e CNB2 numa competição zonal (pode ser norte, centro e sul) com uma final em que participam os vencedores das diversas zonas

- Lançamento da competição do Eixo Atlântico, como 1 torneio até se puder tornar uma competição com outro carácter

 
SELECÇÕES:

- Definir grupos de jogadores por escalão que demonstrem potencial para integrar as selecções nacionais e trabalho sistemático com estes grupos (especialmente nas férias escolares)

- Criação de Selecção Nacional Seniores B por forma a trabalhar e dar experiência internacional a um grupo definido de jogadores com potencial para integrar a Selecção Nacional Seniores num curto espaço de tempo.

- Dar bastante experiência internacional aos diversos grupos.

 

PROTOCOLOS:

- com FEB

- com ACB

- com NBA

Sunday, December 30, 2012

Refexão sobre a MatchUp


Refexão sobre a MatchUp

Decorreu ontem (dia 29 de Dezembro de 2012), em Coimbra uma iniciativa de nome MatchUp cujo objectivo era o de promover a reflexão sobre o basquetebol do país e não tanto apontar responsáveis sobre o estado em que este se encontra.

Além de mim acorrem um pouco mais de cem pessoas, vindas de diversos pontos do país o que demonstra realmente interesse e vontade de estar presente.

Apesar do número de oradores me parecer em número excessivo para a tipologia deste  tipo de  eventos, devido ao pouco espaço com que os convidados ficam bem como para o tempo destinado ao debate ficou este um pouco em causa devido a esse problema.

Começaria por dizer que um dos temas que mais me aliciou foi a necessidade de os clubes e a Federação Portuguesa de Basquetebol definirem que tipo de clubes e de competição é que pretendem. Na era da globalização e onde todo o tipo de espectáculo seja ele desportivo ou de outro tipo de entretenimento nos chega e por diversas meios, esta definição é fundamental para nos diferenciar do que existe, isto é da concorrência e acrescentarmos valor. Este valor deve ser traduzido no prazer que os espectadores têm ao ver um jogo ou do retorno que os eventuais patrocinadores devem e têm de ter ao investir no clube ou na prova/competição, mas igualmente na melhoria dos participantes. Eu próprio já á muitos anos, estive presente numa reunião da Proliga e depois de se tentar discutir o modelo de competição bem como o número de estrangeiros (é sempre as mesmas questões) perguntei qual era o objectivo da proliga ? era concorrer com a LCB (competição da altura) ? era dar espaço ao jogador português ? qual era afinal ?  fiquei sem resposta e a proliga continuou como mais uma prova sem qualquer tipo de objectivo estratégico definidos.

Ficou também bem saliente o papel que a comunicação tem hoje em dia. A profusão de meios ao dispor de quem quer comunicar, a facilidade que o publico consumidor consegue receber e aceder á informação é invulgar e impar na história dos média. Daí a necessidade de sermos proactivos em vez de sermos reactivos ou simplesmente de estarmos á espera que a noticia seja emitida pelos chamados média.

Um outro tema que destaco foi a defesa da ideia de que sem formação não há possibilidade de qualquer competição sénior sobreviver a não ser que os clubes tenham muito dinheiro para comprar jogadores sistematicamente. Aliás este foi um dos maiores erros do basquetebol português ao contratar ao desbarato jogadores vindos da 4ª divisão do país vizinho em detrimento da aposta do jogador português ou do pagamento a este do seu real valor.

Gostei igualmente de ouvir o que foi dito no que se refere á arbitragem. Há algum sentimento de que se pode fazer melhor. Acabou-se com uma boa prática que era o de discutir/debater entre árbitros e treinadores as novas formas de arbitragem bem como alterações ás regras antes do inicio do campeonato mas que actualmente se faz depois deste começar, o que causa algum embaraço na interpretação das regras e da forma como os treinadores reagem á diferença de critérios. Foi igualmente referido que com o melhoramento da competição é normal que as arbitragens sejam melhores porque se colocam diferentes desafios nomeadamente quanto ao ritmo, pressão e exigência o que é perfeitamente normal.

Por fim uma palavra de esperança porque foi afirmado que o basquetebol foi pioneiro em muitas áreas de intervenção no desporto português ao longo dos tempo, e que tem pessoas capazes, competentes e profissionais que podem contribuir para que este estado de coisas se altere, mas isto só pode acontecer se estas pessoas estejam nos lugares certos.

 

Wednesday, April 18, 2012

Basquetebol Português que estratégia ?

Em Portugal é normal, diria mesmo rotineiro, falar-se de coisas que pouco ou nada têm a ver com os verdadeiros problemas, suas causas e forma de as resolver. É aquilo que se convencionou chamar na gíria desportiva de opinião de treinador de bancada. Isto é, formula-se facilmente um juízo pouco consistente e pouco fundamentado sobre determinados assuntos.
            Vem isto a propósito da imposição que foi feita há dias pelo treinador da seleção nacional de basquetebol sénior, sobre o número de estrangeiros a jogar nas equipas portuguesas. Tenho Mário Palma como uma pessoa altamente conhecedora do basquetebol, contudo este é um problema menor do nosso basquete e, claramente, uma falsa questão. Não será, por certo, esta a razão do nosso basquetebol deixar de ser interessante para os jovens, deixar de ser atrativo para o público, deixar de ser visível para os patrocinadores e um exemplo a seguir para federações e treinadores de outras modalidades como o foi no passado.
            Sempre fui um defensor da qualidade dos jogadores, e sempre entendi que as equipas apenas deveriam contratar estrangeiros de qualidade superior aos jogadores portugueses. Também sempre achei que devia ser definido um limite de estrangeiros e, daí, estar à vontade para me pronunciar sobre esta matéria.
            Nem todos partilharam desta opinião. O SLB, por exemplo, no tempo do treinador Mário Palma, jogava com dois jogadores angolanos, dois jogadores naturalizados portugueses, dois estrangeiros e, depois, uma série de jogadores da seleção nacional, que por vezes começavam a partida no banco. Já no Estrelas da Avenida a quantidade de jogadores não Portugueses era enorme (2 USA e diversos jogadores europeus).
            Contudo, não deixando de defender esta linha de pensamento, pela convivência sistemática com os clubes portugueses sou obrigado a perceber as suas dificuldades na constituição dos plantéis, seja por constrangimentos de oferta (quantas vezes os principais emblemas não aglutinaram os melhores atletas?) ou financeiros, o que promove a necessidade de contratarem jogadores de origem não portuguesa. Pode-se então dizer igualmente que devido á concentração dos melhores jogadores Portugueses em determinados clubes esta é a única forma que os clubes têm de equilibrar em termos competitivos o campeonato, o que é fundamental para a competição. Veja o que aconteceu este ano com o Ginásio Figueirense desde o inicio do campeonato e com o Terceira Basket após a saída dos jogadores made in USA.
            Assim, diria que o problema sobre o número de jogadores estrangeiros a atuar em Portugal é uma falsa questão.
           Sobre o problema da seleção portuguesa, e fazendo uma análise à equipa que se deslocou ao EuroBasket/2011, esta era composta pelos seguintes jogadores: António Tavares, nascido a 1975 – 36 anos; José Costa, 1973 - 38 anos; Miguel Minhava, 1983 – 28 anos; Fernando Sousa, 1981, 30 anos; Cláudio Fonseca, 1989 – 22 anos; Filipe da Silva, 1979 – 32 anos; Carlos Andrade, 1978 – 33 anos; José Silva, 1989 – 22 anos; Elvis Évora, 1978 – 33 anos; Marco Gonçalves, 1984 – 27 anos; João Santos, 1979 – 32 anos. Ficaram de fora, porque não aceitaram, Nuno Marçal, 1975; 36 anos e Sergio Ramos, 1975, 36 anos. Dispensado foi o jovem Nuno Barroso, nascido em 1991, 21 anos. Dos jovens que faziam parte do plantel Cláudio Fonseca jogou 66 minutos e José Silva 33 minutos no torneio.
Pode afirmar-se, então, que a seleção nacional foi composta por jogadores de uma idade muito avançada e que os jovens que dela fizeram parte não constaram dos planos de jogos do treinador e que, portanto, não existiu qualquer renovação.
            Já há muito que manifestei as seguintes opiniões:
            Seleções: entre outras medidas, a criação de uma seleção B. Era mais do que evidente que o número de jogadores de qualidade em Portugal estava a diminuir, que a aposta era num grupo de jogadores e que não havia renovação. Estes jogadores têm uma enorme experiência acumulada de terem sido jogadores profissionais e que, portanto, treinaram e jogaram a um nível muito exigente. Sem haver uma equipa B, não era possível acautelar o futuro da seleção. A falta de visão ou falta de condições para colocar em prática soluções que colmatassem esta evidência conduziu a este estado de coisas.
            Competições Internacionais: é sempre bonito ver as equipas portuguesas a competir nas competições internacionais. O que não gosto é ver as equipas portuguesas sem condições de disputar os resultados. Sejamos claros: sem jogadores estrangeiros de qualidade não é possível às atuais equipas lusas disputarem condignamente qualquer competição internacional. O problema do número de estrangeiros, melhor dizendo, alguma má vontade sobre estes, só é colocado em Portugal. Ovarense, Queluz, Benfica, CAB Madeira (não nos podemos esquecer que este clube faltou a dois pontos altos por não ter dinheiro para as deslocações e que tiveram necessidade de juntar diversos jogos por forma a evitar as deslocações) e mais algumas equipas sabem bem o quanto custou em termos financeiros estas competições, o que extraíram dela em termos competitivos e neste momento não temos jovens jogadores cuja participação nesta prova sejam uma mais valia. Já me custa ver as diferenças pontuais por que as equipas portuguesas do basquete feminino perdem aquando das suas participações, bem como as condições logísticas em que o fazem.
            Campeonato da Proliga: aquando da sua criação era preciso definir qual o seu propósito no seio das competições nacionais. Se era uma competição de preparação para a liga e de defesa do jogador nacional então porquê ter estrangeiros? E se sim, porquê dois? Não deveria ser esta competição o espaço normal para o jogador português evoluir e ganhar experiência? Se sim, então não devia ter estrangeiros ou mais do que um estrangeiro por equipa. O problema é que ninguém quis assumir uma posição estratégica desta natureza porque a ambição era fazer frente à LCB. Foi um absurdo e não fazia sentido, mas foi assim que muitas pessoas viram a Proliga. Pior foi a sugestão de realizar jornadas cruzadas, que se revelaram de uma falta de cultura competitiva sem explicação. Jogar fora ou em casa não é a mesma coisa e sem haver um critério objetivo para este tipo de jornadas o resultado final de vitórias e derrotas no fim da época foi sempre fruto desta aberração competitiva.
            Campeonato Sub-20: É um campeonato onde as equipas podem ter “estrangeiros”, aqueles jogadores com mais de 20 anos, mas que podem jogar. Será que ninguém percebeu que o escalão Sub-20 é de uma inutilidade enorme. Primeiro, porque é composto por jovens jogadores que frequentam o ensino universitário e como tal têm responsabilidades perante os pais pelo seu sucesso escolar. Muitos deles deslocados do seu agregado familiar regressam a casa depois das aulas, à sexta-feira à noite, impedindo que a competição se desenrole no fim de semana. Depois, o ciclo universitário é de 3 anos (ciclo de Bolonha) ou de 4 anos (ciclo sem Bolonha) e, portanto, este escalão deveria ser de Sub-21 ou de Sub-22, o que faria corresponder ao mesmo escalão etário do campeonato universitário americano.
            A possibilidade de o adaptar ou simplesmente eliminar é deveras urgente porque este escalão, no atual figurino, não é um escalão que contenha qualquer utilidade para o basquetebol Português. Seria uma opção o estudar a integração direta destes jogadores nas equipas seniores acabando desta forma com o escalão, permitindo aos jogadores o confronto num escalão mais forte e mais exigente como devem ser a CNB1 e CNB2.
            Escalões de formação: Dizem os peritos que não é possível nenhum jovem ser jogador de basquetebol se não treinar, no mínimo, 10 horas semanais ao longo do ano. Pergunto, quantos jogadores o fazem? Que eu saiba poucos, muito poucos. De quem é a responsabilidade? Clubes ? Treinadores? Não aceito a desculpa de que não há pavilhão. Há outros locais de treino, nomeadamente a rua, a pista, o ginásio, um salão. Qualquer local serve se pretendermos que os nossos jogadores estejam bem preparados. Estar bem preparado é ter atletas formados do ponto de vista físico (correr e saltar é o mínimo, em vez de ver jogos em que o ritmo de jogo quase faz adormecer), técnico (aplicação da técnica individual ofensiva e defensiva), tático (no mínimo o conhecimento do jogo) e mental (capacidade de superação, espírito de grupo, solidariedade, espirito de sacrifício), e, assim, diversos locais de treino são uma riqueza e não um problema. Entendo, portanto, que o problema não está nos jogadores, mas sim nalguns treinadores que não fazem com que os seus jogadores treinem as 10 horas semanais mínimas e que arranjam desculpas para o não fazer.
            Uma palavra para o minibasquete, um escalão que faz com que o jovem passe a gostar de modalidade e de competir. Não é isso que os jovens fazem nos jogos de computadores ? nem é de desafios que os jovens gostam ? Em Espanha joga-se minibasquete, aqui faz-se OTL. A pensar! A rever! Que resultados deu até agora a estratégia usada no minibasquete?
            Por fim, era preciso fazer um inquérito aos jovens portugueses para perceber o porquê de não jogarem basquete, de trocarem esta modalidade por qualquer outra. Este inquérito deve ser feito a nível nacional por uma universidade ou por uma outra instituição e por certo dará informação por forma a melhorar a atração e o recrutamento de jovens portugueses para a modalidade.
            Pior do que uma estratégia errada é não ter uma estratégia definida, e nisto o basquetebol Português tem sido de uma riqueza esmagadora. Altera-se simplesmente pelo fato de alterar mas nada se modifica. Neste momento tão delicado para o basquete Português é necessário um entendimento entre FPB, AB e Clubes para que haja um investimento na formação mas não deixando de ter em conta que sem uma competição séria, de qualidade e visível não se pode promover a modalidade perante os diversos públicos.

Sunday, September 11, 2011

E depois do Europeu 2011 ?

Já tinha confidenciado a amigos que faria uma análise à Selecção Nacional portuguesa após o Campeonato da Europa. Depois de ler o texto do prof. Jorge Araújo num órgão de comunicação social, sobre o estado do basquetebol português entendi que deveria antecipar esse momento. Assim, num dia de tantas recordações, e depois de ler o referido texto, devo dizer que fiquei algo decepcionado, porque o considero uma pessoa de referência do nosso basquetebol e porque muitos de nós que permanecemos no basquetebol de uma forma activa já tínhamos chegado, há muito tempo, às diversas conclusões que ele aponta. No entanto, não deixo de registar o seu contributo, juntando-se assim às vozes que acham que o basquetebol tem e deve tomar uma direcção diferente. Conheci o prof. Jorge Araújo quando veio para Coimbra como treinador da AAC em 1973, onde foi meu treinador. Aí, deu início a um ciclo que daria 3 Campeonatos Nacionais de Juvenis (hoje chamados cadetes), 2 Campeonatos Nacionais de Juniores, 1 Campeonato Nacional da Terceira Divisão e 1 Campeonato Nacional da Segunda Masculina, 1 Campeonato Nacional da Segunda feminina e 1 Campeonato Nacional da Primeira feminina com o CAC. Com ele treinávamos todos os dias nas férias e sempre que o calendário escolar o permitia duas vezes por dia. Só com a quantidade e qualidade de trabalho foi possível alcançar esses resultados. Todos nós aprendemos que a palavra profissional era uma questão de atitude e a folha do nosso salário indicava zero como retribuição. Pode dizer-se que nesse tempo éramos um grupo unido, alegre, divertido e com objectivos bem definidos, o que permitiu cimentar muitas amizades que perduraram ao longo do tempo. No seguimento da sua carreira, Jorge Araújo sempre defendeu o profissionalismo. Posso dizer que sempre concordei com o espírito da ideia, mas nunca deixei de ter os pés bem assentes no chão quanto ao país em que vivemos, quanto ao seu modelo desportivo e, por fim, quanto ao seu modelo sócio económico. Daí eu por exemplo ter sempre defendido que deveria haver um limite de estrangeiros, bem como orçamentos sérios. Num país tão débil como o nosso, não ter feito formação e não ter dinheiro para fazer contratações no exterior levou a um envelhecimento dos principais jogadores do nosso campeonato, da Selecção, da diminuição do nível competitivo e do espectáculo oferecido ao público consumidor do jogo de basquetebol. Os jogadores que ainda hoje fazem parte da Selecção Nacional são aqueles que treinaram profissionalmente, que tiveram experiência internacional pela possibilidade de representarem equipas estrangeiras ou pelas participações em competições europeias. Só por isso é que foi possível chegar a este patamar de competição. Contudo, neste momento, e sem uma selecção B que tivesse vindo a trabalhar duma forma constante e consistente, parece-me que os objectivos a curto prazo vão ter de ser pequenos tudo apontando para um vazio durante vários anos. Até porque se analisarmos os plantéis das equipas que disputaram e que ainda estão a disputar o Campeonato da Europa, concluímos da existência de diversos jogadores que jogam ao nível da NBA e de campeonatos de referência na Europa. Portugal não tem, nem se perspectiva que venha a ter num futuro próximo. A componente física do jogo ganhou um peso muito grande, em termos de estatura, velocidade e força. Todas as selecções possuem diversos jogadores com mais de 2,10 metros e muitas vezes com mais de 2,15. Não temos esse tipo de jogadores, pelo que é necessário que os nossos jogadores tenham determinadas competências técnicas e físicas que permitam bater-se perante este tipo de adversários. Para que isso aconteça é necessário treinar, treinar muito e treinar bem, isto é, muitas horas, com bons treinadores de formação e treinadores competentes na competição, sendo que o factor tempo aqui é determinante. Por fim gostaria de abordar a questão dos estrangeiros, que por vezes é referida como negativa. Mas será que é realmente assim? Noutros países europeus esta questão não se tem colocado. Inglaterra, Alemanha, Espanha, França (melhores colocadas no ranking europeu) e outros não têm colocado esta questão. O futebol não tem tido problemas de resultados ao nível de clubes nas competições internacionais e ao nível da selecção sénior. A questão coloca-se na filosofia que cada competição deve apresentar. Por exemplo, se a competição Proliga é para dar experiência aos jogadores portugueses, então deve permitir-se dois estrangeiros? Esta questão já foi levantada por mim aquando do nascimento desta competição, numa reunião de clubes em Aveiro há muitos, muitos anos... Qual o objectivo da Proliga? Não basta criar uma competição, tem de se saber para quê. Quem são os seus intervenientes, quem são os seus jogadores, quem são os seus treinadores, quem são os seus árbitros, os seus públicos, etc.. No que diz respeito à LPB deve-se encontrar um equilíbrio entre jogadores portugueses, estrangeiros, equilíbrio financeiro dos clubes, espectáculo, qualidade do trabalho diário, promoção das equipas, promoção da competição, etc., e para que isso aconteça temos de ter jogadores e treinadores de qualidade. Só com qualidade é que podemos chegar ao patamar seguinte, só com trabalho de qualidade os jogadores e as equipas podem melhorar e a competição ser melhor. Ser melhor proporciona melhor espectáculo e traz mais espectadores. Será possível encontrar esse equilíbrio? O presidente Mário Saldanha é um homem do basquetebol e penso que posso afirmar que ele quer o bem da modalidade. Assim, o que está em causa é uma visão do basquetebol e como poderemos atingir um patamar superior de qualidade. Posso dizer que em 2007, depois de ter observado uma competição para jovens chamada Competição do Eixo Atlântico, promovi uma reunião a título e por iniciativa pessoal com todos os clubes da Galiza tendo-lhes colocado a questão da sua disponibilidade de competirem com equipas portuguesas, aproveitando o chamado Eixo Atlântico. A resposta foi positiva e de tal conclusão dei na altura conhecimento ao Presidente Mário Saldanha. Esta teria sido uma competição deveras importante para o basquetebol nacional numa altura que já sabíamos que a qualidade estava a diminuir. Infelizmente nada foi feito. Como referi sei que o Presidente da FPB é uma pessoa do basquetebol e que quer o bem do basquetebol, não é isso que está em causa, julgo, então, que Mário Saldanha terá de se rodear de pessoas conhecedoras, competentes, audazes, inovadoras e profissionais para assumir as decisões urgentes que se exigem. Aproveito para lançar um apelo ao prof. Jorge Araújo, ele que foi sempre um democrata: quando convocar uma Assembleia Geral da FPB, não o faça para um dia de competição, pois quem estiver a competir não poderá comparecer e dar o seu contributo para a discussão de um basquetebol melhor, bem como defender os seus legítimos interesses na Assembleia Geral da FPB.

Monday, May 17, 2010

Pelo bem do basquetebol...

Pelo bem do basquetebol...

Desde há muitos anos que estou envolvido de uma forma profissional e emocional com o basquetebol. A minha vida tem gravitado neste grande jogo. Aliás, digo a algumas pessoas que sou das poucas que faz realmente aquilo que gosta.
Em paralelo, e desde cedo, os meus padrões de exigência tornaram-se elevados, por influência de pessoas as quais tive o prazer de escutar, observar e analisar de próximo o seu trabalho. Alguns deles foram meus treinadores.
Ao longo destes anos vivi grandes momentos dentro e fora dos pavilhões, de alegrias e tristezas. Momentos esses que fazem parte da minha história e que faço questão de partilhar com amigos, colegas, treinadores e outras pessoas. Por me terem servido de ensinamento, para que possam ter a mesma utilidade para outras ou por pura diversão.
Diz-se que ao longo dos tempos nos vamos modificando e igualmente que muita coisa muda na vida. Na minha, tem sido uma constante o amor pelo basquetebol.
É por isso que me custa imenso assistir à queda de popularidade, do prestígio, da visibilidade e do respeito pelo basquetebol. Um sentimento que - felizmente e infelizmente! - não é sentido apenas por mim.
Estando no basquetebol há tantos anos é natural que, além de dialogar sobre negócios, comente e escute comentários sobre o actual estado da modalidade com os diversos agentes com os quais me cruzo nos pavilhões ou, simplesmente, na rua.
Ao longo destes últimos tempos, dirigentes, treinadores e jogadores foram-me demonstrando, em crescendo, a sua insatisfação, motivo pelo qual nasceu a vontade vinda de diversas áreas, de que algo teria de ser feito. A questão estava em saber quando, como e o quê...
A actual Direcção da FPB não acompanhou – ou não quis? – a evolução da modalidade na Europa e no Mundo e não encarou – ou não quis? - os desafios que, obrigatoriamente, se apresentavam. Mais: não se mostrou disponível para um diálogo com diversos interlocutores também interessados na progressão do basquetebol português.
Em comunhão de ideias e de forma espontânea, um grupo de apaixonados pelo basquetebol desiludidos com o actual estado das coisas, juntaram esforços no sentido de encontrar uma solução que se revelasse uma via alternativa ao actual elenco federativo, de forma a garantir uma mudança drástica no rumo da modalidade no nosso país.
O José Curado (perdoe-me a familiaridade para pessoas que tão mal se conheciam) aceitou liderar este processo alertado para as dificuldades e armadilhas com que se iria deparar. Tem, mesmo assim, tudo para sair vitorioso.
Com a apresentação e entrega formal da sua candidatura à Direcção da Federação Portuguesa de Basquetebol dou, naturalmente, por encerrado este projecto da minha vida. Um projecto no qual me empenhei ao máximo, tal como em tudo que me envolvo.
Estive no nascimento deste projecto de candidatura por dívida de gratidão para com a modalidade que me permitiu fazer aquilo que gosto de uma forma profissional, esperando ter contribuído para que nada seja igual no futuro do basquetebol português, para melhor.
Fi-lo igualmente porque me foi solicitado por verdadeiros amantes do basquetebol, que eu muito respeito.
Desejo, agora, que os basquetebolistas se unam em torno da sua modalidade. Se isso não acontecer, é muito possível que aquilo que todos nós tanto gostamos caia num lamaçal do qual será extremamente complicado de retirar.
Se quem ganhar as eleições nada fizer pelo basquetebol desfazem-se as dúvidas de que o estado do basquetebol será muito pior do que o é actualmente. Compete aos delegados elegerem a próxima direcção e, como tal, serão eles, basicamente, os responsáveis pelo futuro da modalidade. Anseio que tomem a decisão certa, seja ela qual for.
Estarei atento às campanhas de comunicação. Estarei atento à veracidade dos seus conteúdos. Desejo que os candidatos sejam autênticos e que não surjam outros tipos de interesses.
Uma mensagem especial para os delegados: não se esqueçam que o mais importante é o basquetebol, por isso ao tomarem a decisão de votar em José Curado ou Mário Saldanha pensem que basquetebol é que gostariam de ter em Portugal no resto das vossas vidas, que legado gostariam de deixar aos vossos filhos, netos...
Como dizem os americanos “FOR THE LOVE OF THE GAME”

António Pereira

Monday, May 10, 2010

Análise ao basquetebol em 2001

Análise ao basquetebol em 2001


Em 2001 o actual presidente da FPB ameaçou demitir-se.

Na altura já se começava a notar que nem tudo corria bem na nossa modalidade.

A realidaque eu conhecia levava-me a concluir o que na altura transcrevi num quadro que junto a este artigo ( o documento foi criado em Fevereiro de 2001).

Passados nove anos infelizmente a análise de então continua actualizada, para mal do basquetebol Português.

Devo referir que dei então a conhecer esta análise a quem de direito.

Em fins de Agosto de 2007, na altura que a selecção Nacional Sénior se preparava para disputar o Campeonato de Europa em Espanha, tomei mais uma iniciativa.

Reuni-me com todos os clubes da Galiza mais o presidente da respectiva Federação, em Vigo, para auscultar do interesse destes para a sua participação numa competição que poderia ser pontual ou quem sabe poder ser o começo de uma competição regular. Todas as equipas espanholas se demosntraram interessadas. Chegado a Portugal, dei a conhecer mais esta iniciativa à FPB. Contudo esta iniciativa infelizmente não teve consequências práticas. Uma hipotética prova de equipas do chamado Eixo Atlantico ficou no ar sem qualquer tipo de interesse demosntrado pela FPB.

A criação de uma competição com este tipo podería ter sido deveras imprtante para o nosso basquetebol a todos on níveis.

Recentemente a FPB tomou a iniciativa de organizar uma prova denominada Taça Compal, com a participação de duas equipas de Angolas e duas equipas Portuguesas. Sem tirar qualquer valor às equipas Angolanas, (até porque as conheço bem) antes pelo contrário, atingiram um patamar internacional que nós não conseguimos até ao momento nem se perspectiva que isso possa acontecer.

Por isso foi com espanto que fiquei a saber desta competição porque penso que tería sido muito mais interessante sobre todos os ponto de vista uma prova com as equipas da Galiza.

Desde os factores desportivos passando pelos finaceiros, pela possível sponsorização, pela proximidade geográfica, e não nos podemos que Espanha era já na altura uma nação em crescendo e que se viria a tornar o país Campeão do Mundo, tudo aponta para que não foi dado o devido valor a essa oportunidade.

Claro que o interesse comercial poderá ter levado a esta decisão mas será que se explorou alguma outra alternativa ?


BASQUETEBOL QUE PRESENTE, QUE FUTURO

Estado actual:

1 - HÁ FALTA DE MOTIVAÇÃO

2 - HÁ FALTA DE INTERESSE

3 - HÁ FALTA DE NOVOS VALORES PORTUGUESES

4 - HÁ FALTA DE PROMOÇÃO NA COMUNIÇÃO SOCIAL

5 - HÁ FALTA DE VISIBILIDADE

6 - HÁ FALTA DE NOVOS INVESTIDORES

O que se pretende:

1 - PROVAS QUE GARANTAM A SUBIDA NO GRAU DE DIFICULDADE

2 - GARANTIR COMPETIVIDADE

3 - MANTER A MOTIVAÇÃO

4 - MANTER A COMPETIÇÃO A CUSTOS FINANCEIROS VIÁVEIS

5 - ATRAIR NOVOS INVESTIDORES

6 - PROMOVER O BASQUETEBOL ATRAVÉS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL REGIONAL E NACIONAL

Sunday, April 25, 2010

Eleição para delegados da FPB - Jogadores

Depois de ter analisado os resultados das eleições para delegados dos representantes dos jogadores à FPB, parece-me que a participação dos jogadores ficou longe da que se esperava.
Eles lá saberão o porquê, mas esperava-se outro tipo de afluência embora o dia escolhido não fosse o melhor por causa dos jogos mas no mínimo deveriam ter tido o numero de votos igual ao numero de proponentes.
Houve candidatos que obtiveram zero votos, e 1 voto, sendo de estranhar que jogadores de referência ao nível de clubes e da selecção tenham tido tão poucos votos, o que me leva a colocar a questão sobre a popularidade destes jogadores perante os seus pares, e não pensem que eu estou a questionar estes jogadores, o que eu quero é chamar a atenção para a falta de comunicação que existe na modalidade. Os jogadores são a face visível do jogo, se não são reconhecidos, então quem é que é reconhecido, é simplesmente mau.
Se calhar o actual estado do basquete é ainda pior do que eu pensava e esta eleição acabou por deixar uma má imagem sobre a participação cívica dos diversos agentes da modalidade.

Eleições para delegados da FPB - treinadores

Em relação á eleição para os representantes dos treinadores quero aqui deixar igualmente os meus parabéns. Em tempo útil mostrei a minha discordância ao Director Técnico Nacional pela inclusão de Directores técnicos regionais nas listas.
Não conheço que exista um código de conduta na FPB, se existisse ele contribuiria para uma transparência que se quer e se deseja num órgão que tem o estatuto de utilidade pública. Não está em causa a honestidade, integridade e competência destes directores, está somente em causa o conflito de interesses que existe. Será que podem votar contra o seu patrão ? o que é que acontecerá se tal acontecer ?Todos nós conhecemos o que se passa por esse mundo fora e Portugal está nesse mundo nestes caso.
Eu próprio enquanto representante de jogadores já afirmei que se pertencesse a um cargo federativo deixaria a minha actividade profissional. Também não tenho referenciado jogadores às equipas durante este período, nem uso o meu endereço de email profissional para tratar destes assuntos, isto tudo porque tenho um código de conduta. Não pretendo dar uma lição de moral às pessoas em causa, elas merecem-me o meu respeito, mas simplesmente dizer em voz alta que não concordo com o que se passou e se está a passar. Manifestei-o antes deste acto eleitoral a quem de direito e até estou á vontade, porque não propusemos nenhum candidato ao acto eleitoral agora realizado, pugnando por uma imparcialidade que se quer, embora haja quem tenha feito.

Tuesday, February 9, 2010

Taça Hugo dos Santos

Passado uma semana da competição, sinto saudade de ver uma boa competição, com bons basquetebolistas, bom basquetebol e gerida por uma organização exemplar.
Felizmente podemos ver imensos jogos na TV, mas prefiro fazê-lo ao vivo.
Onde é que estão os bons jogadores ?
Onde é que está o bom basquete ?
Onde é que está a competição ?
E por fim o que é feito das pessoas que sabem organizar estes pontos altos ?
Será preciso esperar mais tempo para se ver que a modalidade está a passar por um momento muito mau ?
E o que é preciso fazer para que se inverta esta situação ?
A refletir sem dúvida.