É sempre salutar observar consensos quando duas partes
mantinham posições extremadas. Aliás, não consigo avaliar quem não fique
satisfeito com esta situação.
O recente conflito entre a Federação Portuguesa de
Basquetebol (FPB) e a Associação Nacional de Juízes de Basquetebol (ANJB) veio
demonstrar, uma vez mais, que a gestão da modalidade necessita de
ser repensada.
O acordo que saiu do encontro mantido entre os presidentes
Manuel Fernandes e Paulo Alves permite antever que se abre uma janela para a
resolução de uma boa parte dos problemas. Porque é isso
que, agora, toda a gente está à espera, que
os problemas sejam realmente atacados e não protelados.
A questão das tabelas de arbitragem e das dívidas aos juízes
foram os pontos divergentes, no qual toda a gente se focou, mas por detrás
desse mesmo conflito está uma incapacidade, impossível de esconder, da
estrutura da FPB em revelar-se proativa perante as
dificuldades.
Não me parece que a FPB pretenda correr o risco de voltar a
incorrer nos mesmos erros – algo que insistiu nos últimos anos, por o boicote
dos árbitros ter sido reincidente, embora este último tenha sido o
episódio mais grave – e aproveite esta ocasião para, finalmente, transmitir uma
imagem de dinamismo e evolução no tempo.
Urge definir um plano estratégico, não apenas desportivo, mas
transversal às diferentes áreas de intervenção da FPB.
Tenho a certeza que
existe muita gente com vontade e disponibilidade de colaborar nesse documento, convicção que
reforço pelos comentários
analisados nas redes sociais.
Se queremos mudar o basquetebol temos de olhar para o
passado e identificar o que se fez de bem
e o que se fez de errado, análise que nos ajudará a
traçar o rumo ambicionado, construindo com as
pessoas um futuro que se desenvolve à velocidade da
luz.
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