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Thursday, June 26, 2014

Até podia ...

Portugal até podia ter conseguido o milagre de que se falava mas o saber gerir as emoções nestes momentos é fundamental e isso não foi feito. 

Faltou conhecer melhor #CristianoRonaldo, viu-se nas suas últimas declarações que precisava de algo, e para além de conhecer as emoções de cada um é preciso controlá-las e isso não foi feito. Via-se ou ansiedade ou descrédito. Para isso muito contribui a falta de uma gestão de comunicação de crise logo após o jogo com a Alemanha e saber reagir a essa novidade/catástrofe, dando demasiado espaço à comunicação social e redes sociais sobre o mal dizer do mau dia da selecção. 

Enfim aprender é importante mas repetimos erros demasiadas vezes e nunca resolvemos a questão. 

Afinal somos tão bons como os outros é tudo uma questão de cabeça quer seja na #seleçãonacionaldefutebol quer seja em qualquer outra actividade.

Sunday, June 22, 2014

Análise a diversos pontos altos – As primeiras medidas de marketing a implementar

Acompanhei diversos pontos altos realizados um pouco por todo o país. Devido a obrigações académicas e compromissos profissionais, não pude estar presente em dois (sub-18 masculinos e sub-20 masculinos) de que gostaria imenso. Assisti, portanto, ao playoff final da Proliga, final da 1.ª Divisão (Chamusca), às fases-finais de sub-16 femininos (Ermesinde), sub-16 masculinos (S. João da Madeira) e sub-14 masculinos (Fundão), bem como às Festas Juvenis do Basquetebol (Albufeira).

Fica uma primeira questão: Chamusca, porquê? No pavilhão desta localidade par além de mim, apenas estavam pessoas identificadas com o Vasco da Gama e Atlético, para além de dirigentes da FPB e do poder local. Mais ninguém. Que benefícios recolheu o basquetebol português em promover a modalidade numa vila de 3.300 habitantes, a cerca de 100 quilómetros de distância de Lisboa e cerca de 200km do Porto ?

O cenário noutros pavilhões – não em todos, como é óbvio, dependendo da sua localização – foi praticamente o mesmo. Alguns recintos apresentaram bancadas bem compostas (principalmente aqueles de lotação muito limitada), mas unicamente de espectadores com ligações de afinidade a algum dos intervenientes. Só por isso.

Onde está, então, o público de basquetebol? A promoção destes eventos foi a melhor? foi eficaz? A comunicação com os agentes desportivos das áreas próximas à da realização das iniciativas foi válida?
Fica a perceção de que o basquetebol é, na atualidade, uma modalidade unicamente de consumo interno, emergindo a necessidade imperiosa de a tornar visível.

De forma a termos a noção exata da realidade, uma das primeiras medidas a implementar pelo futuro presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol, e da sua equipa de trabalho, é avaliar a implantação da modalidade em Portugal, dando resposta a determinadas questões, entre as quais: quantos somos?; quantos nos veem?; onde somos vistos?

É indispensável efetuar uma contabilidade dos adeptos que se deslocam aos pavilhões, nas iniciativas com bilheteira paga ou não, quer estas sejam organizadas por clubes, associações ou federação. A partir de 1 de setembro de 2014, nenhum jogo se deverá realizar sem que esta ferramenta esteja em funcionamento, de uma forma rigorosa.

A visibilidade terá de ser escrutinada. Que notícias surgem de basquetebol, em que tipo de órgãos de Comunicação Social… A ponderação destes dados pode ser extremamente relevante no contacto com eventuais parceiros. Idêntico rastreio deverá ocorrer nas diferentes redes sociais.

Há poucos dias a Seleção Nacional sénior feminina venceu um jogo para o apuramento do Eurobasket, frente à congénere da Itália. Que eco este resultado teve na Comunicação Social? Qual o impacto de um resultado histórico na comunidade desportiva? Muito? Pouco? Porquê?


Outros estudos terão de ser desenvolvidos como forma de dar suporte à estratégia de marketing e comunicação da FPB. Vou mais longe. A única possibilidade de sucesso do gabinete de marketing e comunicação é que este setor deve ser gerido por alguém que tenha conhecimentos do fenómeno desportivo e das modalidades desportivas em especial. Para além disso, deverá estar em sintonia com o setor desportivo, participando na definição das linhas estratégicas a assumir pela FPB. Medidas avulsas, desligadas das várias áreas e sem visão de médio/longo prazo ficarão condenadas ao insucesso.

Thursday, June 12, 2014

Eleições de delegados, mais importante do que parece ser

Aproximam-se as eleições para delegados. As críticas sucedem-se pela diferente falta de envolvência dos diferentes agentes desportivos, mas também pelas tentativas de pressão para o afastamento de outros candidatos.

Por motivos óbvios, gostaria que não se verificassem qualquer das situações. Ambiciono alargar o leque de discussão através da participação de todos os agentes a nível nacional por forma a termos um projecto verdadeiramente nacional. Para isso é importante que todos possam dar contributos, se identifiquem com as decisões e saibam qual é o papel que desempenham nesse projecto por forma a alcançarmos os objectivos e todos termos motivos para nos sentirmos integrados e desejáveis para a resolução dos problemas. 

Repito: sou candidato … a candidato. Por enquanto. E da avaliação que fizer de todos os processos eleitorais manifestarei a minha posição mais adiante.

Tal como no passado, defendi e defendo que no dia das eleições Assembleias Gerais e competições não devem ocorrer (pelo menos dos que estão envolvidos directamente na competição nesse dia). Assembleias Gerais, eleições e jogos não são compatíveis. Claramente. Reduz o universo eleitoral e o ideal de participação em processos tão importantes, principalmente no momento delicado que a modalidade e o país atravessam, e como tal é importante resolver o problema que vamos ter dentro de dias. Há que melhorar a imagem do basquetebol nacional.

Também não propus delegados à AG. O ideal de envolvência deve partir de cada um e não dos interesses individuais ou colectivos, pessoais ou financeiros, que gravitam à volta da modalidade. Não aceito, portanto que existam pressões para o afastamento de candidatos. Da participação crítica constrói-se e consolida-se o futuro.

A AG é um local de debate onde se pode e deve construir o futuro do basquetebol assente em propostas da Direção da FPB, das associações regionais e das classes dos treinadores, jogadores e juízes. Este pode ser o símbolo de pujança da modalidade, no sentido do encontro de soluções colectivas, a permitir que os diferentes agentes se identifiquem com um projecto nacional de basquetebol.

A modalidade não é apenas de alguns. É de todos, do norte ao sul do país, passando pelo arquipélago da Madeira e dos Açores. Todos não seremos demais para retirar o basquetebol da situação onde se encontra.

Ainda sobre as eleições dos delegados sugeri ao presidente da Assembleia Geral que no site oficial da FPB se pudesse criar um espaço para os diversos candidatos revelarem as suas ideias, opiniões e intenções, de forma a facilitar as escolhas de quem vota. Esta sugestão foi igualmente transmitida ao possível candidato Manuel Fernandes. Até hoje desconheço mais desenvolvimentos desta proposta.Congratulo-me com a participação de alguns treinadores através de textos publicados no site da ANTB. 

O basquetebol merece mais e melhor, assim os futuros delegados estejam recetivos a ouvir e a tomar decisões corajosas.

António Pereira