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Thursday, June 21, 2018

A gestão desportiva do futebol face aos acontecimentos atuais - Parte 2

A gestão desportiva do futebol face aos acontecimentos atuais - 
Que marketing e comunicação se pretende

Parte 2

A gestão de uma organização desportiva, não é muito diferente da gestão de uma outra qualquer organização, como já foi referido, mas temos de ter em consideração que o aspeto emotivo, a paixão, e o vinculo sentimental está mais presente nos consumidores que denominamos de adeptos ou simpatizantes do que noutras áreas de consumo. E, é este aspeto que marca a diferença entre o modelo europeu e o americano, onde este último assenta o seu foco no espetáculo, proporcionando entretenimento e criando conteúdos e experiências inesquecíveis para os seus adeptos.

Como muitas vezes acontece, um pouco de paixão e emoção aliada ao espetáculo seja a receita de um bom espetáculo desportivo, e esse deverá ser o foco de uma organização desportiva para com os seus adeptos, enquanto consumidores do espetáculo desportivo, diferentes stakeholders e competição.

Assim, não será de estranhar que se recorra á máxima de que se pode mudar de tudo menos de clube espelha bem este sentimento e esta atitude da sua legião de adeptos um pouco por todo o mundo.

Desta forma os diversos sectores devem contribuir para potencializar ao máximo o seu produto no mercado da indústria desportiva e do espetáculo, que por via do potencial dos seus recursos humanos (treinadores, jogadores) e da área da gestão (desportiva, financeira e do marketing e comunicação) terá ou não condições para levar a cabo um bom espetáculo desportivo, promover o clube junto dos adeptos, criar o comprometimento com os adeptos; venda de ativos, procura e manutenção de patrocinadores; venda de bilhetes e de produtos de merchandising, direitos de transmissão televisiva entre outros.

A organização desportiva ou clube tem de assumir-se como uma marca, inserida num mercado, quer seja só o mercado nacional mas também há clubes que têm pretensões de ser reconhecidos num mercado mais global, que necessita de se diferenciar dos outros clubes, que tem um produto que quer vender, seja ele aos seus sócios, adeptos, simpatizantes, patrocinadores, investidores, e é bom que esse produto se converta num espetáculo em que todos estes stakeholders sintam prazer, satisfação e vontade de voltar a disfrutar de mais momentos nomeadamente na ida a instalação desportiva para ver um jogo que não é mais que um evento que precisa de ser planeado e organizado para plena satisfação de todos.

Assim é fundamental que se compreenda o seguinte:
1 – É importante e saudável que exista forte concorrência;
2 – Gestão da competição de acordo com os interesses de todos;
3 – O equilíbrio na competição é importante;
4 – Incerteza dos resultados ajuda a captar adeptos e simpatizantes e atenção dos média;
5 – A importância dos adeptos com reflexo em diversas áreas tais como merchansing, venda de bilhetes, venda de produtos alimentares e bebidas;
6 - A comunicação com os adeptos e simpatizantes é fundamental;
7 – Capacidade de comunicação das organizações desportivas (clubes) e Liga/Federação;
8 – Campanhas de marketing das organizações desportivas (clubes) e Liga/Federação;
9 – Campanhas de responsabilidade social das organizações desportivas (clubes) e Liga/Federação;
10 – Perceber a mudança de hábitos dos adeptos;
11 – Evolução de outros desportos como por exemplo o eSports;
12 – Novos objetivos dos patrocinadores;
13 – A presença de novas tecnologias;

O que se passa em Portugal é difícil de compreender à luz dos princípios da Gestão Desportiva e do marketing e comunicação do desporto.

Raramente os clubes se colocam de acordo com as linhas orientadoras da competição, o que causa dificuldades de gestão do organismo que gere a modalidade.

Os clubes são catalogados de os três grandes, nos dois ou três outsiders e os outros clubes são o resto. Destes, só se fala se causam uma surpresa ao ganharem a um dos grandes ou quando jogam com eles.

Não seria do interesse comum dos clubes a defesa da imagem da competição, da valorização da competição, da necessidade do equilíbrio entre equipas e preocupação na segurança dos adeptos?

Será que podemos ir ao estádio e regressarmos a casa sem que algo nos aconteça a nós ou família ou acompanhantes?

Não seria do interesse de todos que a instalação desportiva seja como uma casa para o adepto e um lar para os atletas e treinadores, no fundo um ponto de encontro por forma a aumentar as receitas?

Então qual a razão de contrariarmos tudo o que é suposto ser feito?

Talvez se deva começar a refletir sobre quem são os dirigentes desportivos e qual o seu percurso e traçar o seu perfil? São pessoas com passado desportivo? São antigos praticantes da modalidade? A que nível jogaram? Foram treinadores? De que nível? Qual a sua experiência como dirigente? São gestores de empresas? Com sucesso? Capazes de gerir equipas? As respostas a estas perguntas podem ajudar a traçar o perfil do dirigente desportivo e podermos agir ou ajudar em conformidade nomeadamente através de ações de formação ou até legislação sobre quem pode ser dirigente desportivo.

Criação de um plano de gestão desportiva, gestão do marketing e comunicação que permita a organização que gere a competição e os clubes:

- Afirmar a marca futebol português;
- Valorizar o campeonato português;
- Apostar na formação do jogador português;
- Formação efetiva do treinador português;
- Procurar que o futebol se torne um espetáculo para adeptos e simpatizantes;
- Levar o futebol aos jovens por forma a criar o espirito de adepto/consumidores do futuro;
- Proporcionar experiências positivas aos adeptos e simpatizantes;
- Fidelização de adeptos e simpatizantes;
- Captação de adeptos e simpatizantes
- Criar uma comunidade de adeptos, que não necessariamente as claques;
- Comunicar com os adeptos: antes, durante e depois dos jogos;
- Os adeptos procuram novas experiências;
- Que tipo de informação é que estes procuram e qual é a que podemos dar;
- Ouvir a opinião dos adeptos;
- Criar valor para os adeptos;
- Criar valor para patrocinadores;
- Gerar retorno para os patrocinadores;
- Aumento de receitas;
- Instalações com qualidade;
- Instalações high tech;
- Temos que criar experiências memoráveis e a tecnologia pode contribuir para nos aproximar cada vez mais dos adeptos;

O que levará a uma:
- Confiança na organização desportiva;
- Lealdade;
- Vínculos mais duradouros;
- Procura de relacionamentos mais profundos;
- Falando a mesma linguagem;
- Experiências positivas para os adeptos e simpatizantes;

A implementação destas e de outras medidas é o desafio que qualquer organização desportiva tem pela frente assente na sua cultura, nos processos e talento e serão estes aspetos que contribuíram para o sucesso e diferenciação de uma qualquer organização desportiva.

O futuro não será por certo risonho se tudo continuar na mesma e passarmos uma esponja somente sobre o que aconteceu.

É visível que existem problemas ao nível educacional, social, económico e legal, e neste cenário é necessário uma nova atitude dos atuais atores, muitos deles referências de passados gloriosos, alguns outros com ideias muito valiosas para a melhoria das organizações desportivas e da competição, cabendo aos dirigentes procurar pontos comuns como forma de valorizarem o seu produto numa indústria desportiva onde o acesso a todo o tipo de conteúdos está à distância de um clik possibilitando ao adepto ver o que quer e quando quer no conforto do seu sofá e dessa forma não estar sujeito a más experiências ou ser sujeito a espancamentos e insultos.

Para isto, muito pode contribuir o “Placard” e outras empresas que através do desenvolvimento de um programa de responsabilidade social poderia ajudar a desenvolver melhores comportamentos dos adeptos e simpatizantes e contribuir para a formação dos jovens enquanto desportistas sejam eles praticantes de um desporto quer sejam eles adeptos de um desporto.

António Pereira

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Monday, June 18, 2018

Marketing and communication in sport: the game changer – 18.06.2018


A publicação Sports Illustrated escolheu os 23 jogadores com mais talento que participam no Mundial Rússia 2018. 


 Cristiano Ronaldo deita-se com SleepScore durante a Taça do Mundo Rússia 2018.




O Real Madrid contratou DaveHopkinson como o seu novo chefe de operações comerciais. Dave trabalhava para a Maple Leaf Sports and Entertainement (MLSE) proprietários da equipa dos Toronto Raptors da NBA, dos Toronto Maple Leafs da Liga de Hoquei (NHL) e dos Toronto FC da Major League Soccer. 

O F.C Barcelona criou uma nova empresa para substituir a Nike para comercializar os seus produtos. 



A Egipt – Experience & Invest tournou-se patrocinador regional da FIFA no Campeonato da Rússia 2018. 







A bola oficial da Adidas na Copa do Mundo tem um chip NFC, mas não acrescenta muito em termos de novos dados.






A final da NBA 2018 foi a final menos competitiva dos últimos 11 anos.



A NBA assinou um contrato de vários anos com o aplicativo de reconhecimento facial 15 Seconds of Fame, que permitirá aos adeptos encontrar e compartilhar facilmente aparições de videoconferência e transmissão em todas os pavilhões da NBA.

Os Washington Redskins acabaram com sua lista de espera para a compra de bilhetes de época. Chegou-se a falar que a lista era composta por cerca de 200.000 pessoas. 


Tudo parece indicar que no próximo ano que as pessoas passaram mais tempo online do que a ver tv.


Tudo indica que Roger Federer vaideixar de usar material da Nike e passar a usar produtos da marca Uniqlo.

ESports é um desporto ou é uma obsessão? No mínimo é um entretenimento! 

desporto#marketingdesportivo#gestaodesportiva#gestaododesporto#apbasketball 


Wednesday, June 13, 2018

A gestão desportiva do futebol face aos acontecimentos atuais - Parte 1


A gestão desportiva do futebol face aos acontecimentos atuais - 
Que marketing e comunicação se pretende

Parte 1

Imaginemos a seguinte situação: uma família está para começar o dia trabalho, quando de repente o seu espaço é invadido por estranhos que ameaçam, maltratam, agridem e, após poucos minutos, que parecem mais uma eternidade, desaparecem de forma tão rápida como aquela que surgiram, deixando para trás danos patrimoniais, físicos e psicológicos.

Se isto acontecesse consigo como reagiria?

Se é verdade que situações onde o nosso espaço privado é invadido de forma abrupta acontece com alguma frequência um pouco por todo o mundo, nunca pensamos que tal nos possa acontecer.

Ora, o que sucedeu a dia 15 de maio de 2018 na Academia de Alcochete, propriedade do Sporting Clube de Portugal (SCP), foi precisamente isso e tem enormes repercussões a nível individual e de grupo. E só quem já lidou com grupos, e sabe como estes funcionam, perceberá as consequências de tão infeliz ocorrência.

Se pensarmos que a Academia de Alcochete é um espaço de trabalho, onde a equipa profissional de futebol do Sporting se prepara para o desempenho das suas funções em coletivo, a invasão deste espaço deixa sensações de insegurança e desconforto enormes.

Se pensarmos igualmente que a invasão deste espaço foi levada a cabo por adeptos ou simpatizantes do clube, maior será, ainda, este desconforto. Afinal, dos adeptos ou simpatizantes espera-se o apoio incondicional, embora se saiba que nem sempre é assim, no sentido de todos alcançarem os objetivos propostos para a época.

A sensação de desconforto, de vulnerabilidade, do tipo de violência e porque não mesmo de traição à instituição Sporting, levada a cabo por este grupo de encapuzados aos atletas profissionais, é um ato que deixa marcas profundas nos atletas, staff e corpos diretivos.

Se diversos estudos ao nível da gestão dos recursos humanos apontam para que os colaboradores mais felizes de uma organização conseguem melhores resultados qual seria o resultado de um inquérito aos elementos do plantes do SCP após este ato?

Contudo, coloca-se uma questão: será que o que aconteceu em Alcochete é uma surpresa? A mim, parece-me que a surpresa estará somente no modus operandi.

De uma forma ou outra, todos os que estão envolvidos no desporto e que refletem sobre a causa do desporto sabiam que eventualmente um dia iria acontecer algo desagradável e mau para a imagem do futebol, em particular, e do desporto, em geral. Nem era preciso ser-se profeta da desgraça, mas simplesmente estar atento a todos os sinais que eram enviados por diferentes agentes desportivos do futebol.

Um exemplo disso é a linguagem exacerbada usada por diversos dirigentes, muitos deles com grande poder comunicacional, podendo dizer-se que as suas mensagens são recebidas que nem balas mágicas numa alusão a uma das teorias da comunicação, na qual o recetor da mensagem a aceita e se espalha por todos, provocando um efeito rápido e poderoso. Esses mesmos dirigentes têm a noção da sua tremenda capacidade de influenciar as massas e usufruem do acesso fácil a órgãos de comunicação social, especialmente a televisão, que usam de forma hábil para disseminar as suas ideias.

Mas não são só os dirigentes os únicos a usar o poder da comunicação. Treinadores, adeptos, comentadores e simples curiosos, usam as palavras de acordo com as suas emoções e conveniências de momento, muitas vezes recorrendo a expressões grosseiras, insultos, insinuações, lançando sistematicamente a desconfiança sobre a modalidade e os seus agentes, sejam atletas, treinadores ou dirigentes, em vez de se preocuparem com a valorização do espetáculo. É vulgar encontrar quem arranje desculpas ou encontre um alvo que lhes permita justificar aquilo que só será justificável por uma má gestão desportiva ou má gestão do grupo de trabalho ou ainda de más tomadas de decisão em jogo ou no treino.

E aqui entra a primeira lição da gestão do desporto, vinda neste caso dos americanos do basquetebol, que afirmam que a parte mais importante da temporada é o período que vai entre o fim da época (atualmente diria mesmo antes deste momento) e o início da seguinte. Isto é, o período que outrora se chamava de período preparatório. Todas as contratações, de treinadores, de jogadores e de outros elementos, deviam obedecer a uma lógica de entrosamento das diversas partes e não numa simples adição.

Esta regra no que diz respeito à constituição do grupo de trabalho não deveria ser diferente no futebol. Sendo ela usada de forma sábia é uma mais-valia e pode ser a diferença entre sucesso e insucesso numa época desportiva e daí o desenvolvimento dos departamentos de scouting das organizações desportivas e o planeamento do departamento de marketing e comunicação como forma de potencializar os diversos stakeholders ou parte envolvidas.

Na origem dos problemas consegue-se identificar uma série deles:
- Um tom de palavras belicista de muito dirigentes e treinadores (exemplo: contra tudo e contra todos);
- A culpa da derrota é quase sempre dos árbitros;
- A culpa é dos outros clubes que corromperam árbitros ou jogadores;
- Só os chamados três grandes é que podem ser campeões de acordo com a opinião dos adeptos e comunicação social;
- O papel das outras equipas é completar o calendário desportivo;
- A comunicação social só fala dos chamados três grandes ou dos outros quando defrontam os grandes ou, ainda, dos ditos pequenos quando cometem uma surpresa frente aos mais poderosos. Basta ver a quem estão afetos os comentadores dos vários programas de debate de futebol ou as notícias dos canais de televisão;
- Temos a perceção de que o tempo de antena em televisão dos chamados três grandes ocupa mais de 90 % do tempo de antena dedicado ao futebol;
- O discurso dos comentadores é por norma faccioso, procurando o detalhe do que impediu o sucesso da sua equipa, seja ele erro do árbitro ou a falta do adversário, e nunca por serem piores ou terem jogado menos que a outra equipa;
- Raramente o discurso dos comentadores valoriza os atletas, o trabalho dos treinadores ou o espetáculo desportivo;
- Os adeptos, como em todas as modalidades, querem que o seu clube ganhe sempre, contudo, por vezes, ficam ainda mais contentes quando os opositores diretos perdem;
- Com um novo paradigma que são as redes sociais, existe um acrescento de impunidade no que diz respeito aos adeptos:

Comportamentos censuráveis ao nível da manipulação de imagens, insultos, provocações, linguagem insultuosa, coloca-se em causa a ética dos profissionais envolvidos no jogo, disseminação do ódio, ausência de qualquer tipo de fair-play, bullying, sendo tudo permitido, seja através de perfis verdadeiros ou falsos, usados só para determinadas ocasiões, tentando dar voz à sua insatisfação e frustração.
- A pressão das redes sociais sobre a comunicação social já é enorme. As redes sociais conseguem dar notícias primeiro do que os jornais, rádios ou televisões e conseguem a interação, o que por norma agrada aos adeptos. Daí ter-se assistido a uma escalada de determinado tipo de conteúdos como forma de atrair as audiências.
- E a pressão das redes sociais sobre os dirigentes, treinadores e jogadores não é menor;

Pode-se então afirmar que a situação estava no chamado ponto rebuçado e bastava aumentar o volume do som ou o calor das palavras para acontecer o inevitável.

Parece-me que inicialmente as pessoas não perceberam ou não quiseram perceber a dimensão do que aconteceu nesse dia 15.

Os jogadores são fortes psicologicamente, mas não são soldados, e mesmo alguns destes, após o seu regresso a casa, apresentam situações pós-stress traumático provocadas por situações de guerra.

Depois do que aconteceu, os jogadores do SCP não tinham condições psicológicas para jogarem nem mais um jogo, quanto mais uma final da Taça de Portugal, que é um jogo de grande impacto mediático e despertando emoções muito fortes junto de todos os intervenientes.

Durante o resto da semana nunca se ouviu falar de qualquer apoio psicológico, fosse em grupo ou individual, e este início de terapia teria sido fundamental para a recuperação psicológica de cada indivíduo e do grupo.

Não foi por acaso que após o termo do jogo da final da Taça observou-se vários jogadores do Sporting a chorar. Terá sido o primeiro sinal do início do percurso que terão de fazer para voltarem a ganhar paz interior.

Há já algum tempo estive envolvido no luto de uma equipa que demorou diversas semanas até os atletas começarem a ultrapassar a situação. Aqui, a situação não é muito diferente. 

Nem as pessoas envolvidas no nosso relato inicial tinham condições para ir trabalhar nos tempos mais próximos, nem os jogadores do SCP tinham condições para jogar a final da Taça de Portugal. Fizeram-no para se proteger, porque são profissionais, por uma questão de honra, mas a cabeça deles não estava ali e, como tal, para ganhar nessas condições era preciso que a equipa contrária não quisesse ganhar o jogo.

É claro para mim que um clube de futebol enquanto organização desportiva tem de ser gerida como uma qualquer outra organização inserida num mercado específico, com um produto para desenvolver, para promover e vender. A gestão desportiva, gestão financeira e gestão do marketing e comunicação terá de ser realizada de forma competente se quiser atingir objetivos mensuráveis e que acrescentem valor aos seus clientes que, neste caso, são os adeptos, simpatizantes e patrocinadores.

A gestão desportiva terá de estar alinhada com a aquilo que é a visão e a missão do clube, tendo ainda em consideração a sua história. Sistematicamente, ouvimos falar de referências do passado seja ao nível de dirigentes, treinadores e jogadores que deixaram marcas bem visíveis na organização, por vezes para sempre.

O que está a acontecer atualmente é por vezes a descaraterização daquilo que são os valores da organização, a sua filosofia de gestão, com repercussões na forma como os seus ativos são contratados e muitas vezes não havendo identificação nos propósitos das contratações, muito por culpa pela falta de conhecimentos de gestão desportiva, mas também da pressão que os média exercem, bem como os seus adeptos. Ainda recentemente li uma notícia a dizer que o clube A estava a ficar sem tempo para contratar um treinador quando sabemos que falta muito tempo para o início da próxima época. Este é o tipo de pressão vinda do exterior que exerce uma pressão nas tomadas de decisão que por norma não acrescenta nada e que tem origem muitas vezes na própria comunicação social que precisa de noticias num período em que não existem competições por forma a ocupar o seu espaço de noticias.

Mas nem será descabido voltarmos aquela máxima dos americanos. No preparar a época está o segredo do sucesso. E é aqui que muitas organizações desportivas falham e como tal ao longo da época tem de arranjar desculpas por não terem feito o trabalho de casa.

Não foi porque o árbitro A ou B não marcou a falta, ou porque marcou penalti, ou porque isto ou porque aquilo. Aliás, sempre tive dificuldades em compreender o porquê de os árbitros aceitarem ser o escape disto tudo. Porque aceitam ser os maus da fita e deixam que a sua ética seja colocada em causa por dirigentes, treinadores, adeptos e opinião pública do insucesso de um determinado clube.

Nos anos oitenta, uma revista italiana de basquetebol antes de a época começar afirmava sempre uma máxima: “Os árbitros fazem os resultados”. Sempre vi esta frase como uma forma de educar os adeptos. Para mim, é claro que os árbitros fazem o resultado porque ao assinalar ou não uma falta tem influência decisiva no resultado. A questão que se coloca é saber se o árbitro é um homem reto, sério e uma pessoa honrada e que ajuíza de forma isenta independente e saber aceitar que, como em todas as profissões, há profissionais melhores e menos bons e, ainda, erros.

Os erros fazem parte do jogo e dirigentes, treinadores e jogadores também os cometem. Aliás, no desporto, ganha quem cometer menos erros ou quem for mais eficaz. Depende do ponto de vista. Então porquê que os árbitros são quase sempre os culpados das derrotas, de o clube ter falhado os objetivos, da razão da equipa não ser campeã, da razão da equipa descer de divisão. Porquê que os árbitros aceitam este tipo de situação é outro caso que não se percebe ou existe dificuldade em perceber.

Neste caso do Sporting Clube de Portugal fico ainda sem perceber o porquê que até agora não ter sido referido que o Clube iria processar judicialmente os chamados membros dos encapuzados pelos danos causados de índole desportiva e financeira.

António Pereira

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Monday, June 11, 2018

Marketing and communication in sport: the game changer – 11.06.2018


A EA Sports revelou que Cristiano Ronaldo irá constar na capa do jogo de 2019.

A revista GQ quis saber através de uma votação qual o jogador com melhor estilo. O vencedor da votação foi …


A revista Forbes divulgou a listados 100 mais bem pagos atletas do mundo. A lista é dominada por 39 jogadores de basquetebol, e pela primeira vez não inclui nenhuma mulher. 


A FIFA revelou o vídeo de aberturado Mundial 2018 a ser realizado em Moscovo.

Foi igualmente divulgada a música oficial do Campeonato do Mundo com o nome “Live It Up”.


Alguns dos jogadores que participam no Mundial de futebol na Rússia usam caneleiras Made in Portugal.

A UEFA revelou como vão ser feitos a distribuição financeira das suas temporadas para a época de 2018/19 referente á UEFA Champions League e UEFA Europe League.



Na próxima temporada a UEFAChampions Cup terá uma nova identidade que foi revelada através de um vídeo.





  A Amazon vai transmitir 20 jogos por época da Premier League.




A Super Taça Italiana de futebol será jogada na Arabia Saudita nas próximas edições. 



A rede social Instagram vai aumentar o tempo dos seus vídeos o que pode ser importante para o marketing e comunicação do desporto.






Um dos maiores símbolos do marketing, Howard Schultz, presidente da Starbucks vai abandonar o cargo de presidente, falando-se da possibilidade de se candidatar a presidente dos USA.

 




 Os rankings das melhores alcunhas "nicknames" referentes aos jogadores de basquete foram escolhidos. 







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Monday, June 4, 2018

Marketing and communication in sport: the game changer – 04.06.2018


 A newsletter da revista GQ fez referência ás selfies Portuguesas e como se estão a tornar viral na net. 


Street League Skateboarding, a primeira e mais importante liga profissional de skate do mundo, estreou em Londres no último fim de semana.



A rede francesa de supermercados Carrefour optou por não continuar a patrocinar a Federação Francesa de Futebol e o Tour de France a partir do próximo ano.



A Atlantic 10, uma das conferências do desporto universitário americano chegou a acordo com o canal ESPN+ para transmitir mais de 500 jogos de diversas modalidades.



O canal Discovery e PGA Tour anunciaram planos para formar uma nova aliança estratégica por forma a oferecer os momentos mais emocionantes dos jogadores e diversos torneios da competição. 




Pela primeira vez os patrocínios naNBA superaram 1 bilião de dólares. Comparando com a MLB que consegue o valor de USD$ 892 e a NFL USD 1,25 bilião.

O preço dos bilhetes dos jogos da final da NBA entre os Cleveland Cavaliers e os Golden State sofrem uma baixa nesta que é a quarta vez que se encontram na final. 

A rede social Twitter anunciou que vai transmitir um show no intervalo dos jogos da final da NBA.


Se vai ver o Campeonato do Mundo 2018 que se realiza na Rússia, talvez queira seguir algumas das recomendaçõesque o jornal Económico preparou.


Mas as previsões para a possível classificação final da nossa seleção não é a melhor. As previsões da “Bracket”da Sports Illustrated não nos é favorável. Esperemos que se enganem.


E se é atleta de elite ou mesmo não sendo talvez queria saber alguns dos segredos que fazem LeBron James ou outros jogadores o que são pela voz do seu personal trainer.  




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