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Monday, September 19, 2016

Época de 2016/2017 – crise ou no crise? – Parte 1


1ª Parte de 3

O 1 de setembro de 2016 é, por norma, o dia em que as equipas seniores portuguesas começam a treinar.

Esta época, contudo, apresentam-se duas exceções. O campeão em título, o FC Porto, e o finalista da última edição do campeonato, o Benfica, já regressaram ao trabalho há umas semanas. E tiveram mesmo de o fazer porque receberam um convite da FIBA Europa para participar na nova Basketball Champions League, uma competição polvilhada por polémicas, geradas logo na sua fase de gestação.

A participação nesta prova motivou que ambos os clubes tivessem de começar a época mais cedo, com objetivos claros, para que se possam apresentar no melhor nível para atacar a pré-eliminatória que as qualificam para fase de grupos da competição.

Esta competição desenhada com uma determinada estrutura acabou por será alterada já durante o mês de agosto após três clubes terem solicitado a sua inscrição na prova. A FIBA aceitou a inscrição destes clubes com base na qualidade da competição doméstica onde cada clube compete, histórico da participação das equipas nas competições europeias no passado recente. Ficaram as equipas portuguesas então dependentes do playoff de acesso que por vias desta alteração foi reduzido de duas eliminatórias a uma eliminatória. Portanto não estamos, temos de nos apurar. Do mal ao menos.


As restantes equipas, normalmente, começam a treinar a partir de 1 de setembro. Algumas, poucas, iniciam os treinos semanas mais tarde. O critério normalmente subjacente a esta decisão tem mais a ver com os aspetos financeiros do que desportivos. Já foi tempo em que as questões desportivas condicionavam o arranque da época. Também se deve acrescentar que muitas das equipas raramente começam a treinar com o plantel completo.

Uma das razões para essa situação é a necessária poupança dos meios financeiros à disposição. Dizem: é a crise! É um dos argumentos mais proferidos. Há quem acrescente a palavra económica, ficando assim a crise a ser económica. Há também quem vá mais longe e diga que não há dinheiro, não há patrocinadores, não temos jogos na televisão, como é que nos havemos de arranjar? Somos uma modalidade invisível. Haverá, ainda, outros argumentos considerados como válidos, mas posso dizer com segurança que estes são os mais usados. 

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