1ª
Parte de 3
O 1 de setembro de 2016 é, por
norma, o dia em que as equipas seniores portuguesas começam a treinar.
Esta época, contudo, apresentam-se
duas exceções. O campeão em título, o FC Porto, e o finalista da última edição
do campeonato, o Benfica, já regressaram ao trabalho há umas semanas. E tiveram
mesmo de o fazer porque receberam um convite da FIBA Europa para participar na nova
Basketball Champions League, uma competição polvilhada por polémicas, geradas
logo na sua fase de gestação.
A participação nesta prova
motivou que ambos os clubes tivessem de começar a época mais cedo, com objetivos
claros, para que se possam apresentar no melhor nível para atacar a pré-eliminatória
que as qualificam para fase de grupos da competição.
Esta competição desenhada com
uma determinada estrutura acabou por será alterada já durante o mês de agosto
após três clubes terem solicitado a sua inscrição na prova. A FIBA aceitou a
inscrição destes clubes com base na qualidade da competição doméstica onde cada
clube compete, histórico da participação das equipas nas competições europeias no
passado recente. Ficaram as equipas portuguesas então dependentes do playoff de acesso que por vias desta
alteração foi reduzido de duas eliminatórias a uma eliminatória. Portanto não
estamos, temos de nos apurar. Do mal ao menos.
As restantes equipas,
normalmente, começam a treinar a partir de 1 de setembro. Algumas, poucas,
iniciam os treinos semanas mais tarde. O critério normalmente subjacente a esta
decisão tem mais a ver com os aspetos financeiros do que desportivos. Já foi
tempo em que as questões desportivas condicionavam o arranque da época. Também
se deve acrescentar que muitas das equipas raramente começam a treinar com o
plantel completo.
Uma das razões para essa situação é a necessária poupança dos
meios financeiros à disposição. Dizem: é a crise! É um dos argumentos mais
proferidos. Há quem acrescente a palavra económica, ficando assim a crise a ser
económica. Há também quem vá mais longe e diga que não há dinheiro, não há
patrocinadores, não temos jogos na televisão, como é que nos havemos de
arranjar? Somos uma modalidade invisível. Haverá, ainda, outros argumentos
considerados como válidos, mas posso dizer com segurança que estes são os mais
usados.
No comments:
Post a Comment