1.ª Parte
O sucesso de uma modalidade
desportiva mede-se pela capacidade de:
1 – Atrair público à instalação
desportiva, isto é, levar ao consumo do evento/jogo de basquetebol (ou outra
modalidade) por parte de adeptos e fans
e a capacidade de os tornar promotores
da marca.
Este é o verdadeiro propósito de
uma marca (organização que gere a competição), que tem um produto para vender (evento/jogo),
que, neste caso, é de uma modalidade desportiva, o basquetebol.
As modalidades desportivas estão
inseridas na designada indústria desportiva, a que eu gosto de juntar a palavra
espetáculo, sendo que assim a expressão fica a ser indústria desportiva e do
espetáculo.
2 – Atrair o interesse dos diferentes
meios de comunicação social (jornais, rádios e televisão) para divulgar a
informação do jogo/evento ou individualidades da modalidade desportiva junto
dos seus leitores, ouvintes ou espectadores televisivos, devido ao sucesso que
a modalidade evidencia, levando a pensar que o produto é capaz de gerar audiências
e, como tal, permita justificar o espaço que lhe é dedicado.
3 - Apoio das marcas
patrocinadoras como forma de promover os seus produtos, devido à exposição que a
modalidade possui junto do público consumidor que lhes interessa (o target de cada marca), através de
diferentes meios de comunicação.
4 - Um quadro competitivo
interessante, dinâmico e onde o equilíbrio e a incerteza do resultado sejam uma
constante de acordo com os princípios do marketing desportivo.
Assim, podemos afirmar sem
hesitações que sem público (adeptos e fans)
nas bancadas não é possível considerar uma modalidade desportiva como uma
modalidade de sucesso.
Qual é então o problema do
basquetebol para atrair público, adeptos e
fans?
Tudo começa com uma análise e um
diagnóstico correto e eficaz a que deverá corresponder um plano estratégico que
envolva, especialmente, os dirigentes e os treinadores, unindo-os à volta de
uma visão, submetendo-os a um alinhamento de procedimentos e uma finalidade na
gestão das diversas áreas do basquetebol.
E estes dois agentes da
modalidade porquê?
Porque são eles que estão no
centro das decisões! Uns tomam as decisões referentes à área da gestão
desportiva e os outros tomam decisões na área do jogo, nomeadamente na gestão
do grupo de trabalho (equipa), tendo ambos grande impato no produto final que é
o jogo de basquetebol.
É por isso que precisamos de
dirigentes com uma visão clara daquilo que deve ser a competição/espetáculo de
basquetebol e que compreendam nitidamente aquilo que o público (adeptos e fans) querem ver. E de treinadores que
compreendam e escolham modelos de jogo que promovam aquilo que o basquetebol
significa: espetáculo. Ou seja, modelos de jogo que permitam captar o interesse
do público (adeptos e fans),
comunicação social e patrocinadores, sem descurar aquilo que todos ambicionam
que é a vitória.
O basquetebol sempre foi sinónimo
de espetáculo e um bom exemplo são os Harlem Globetrotter. Quantas pessoas
conhecem os nomes dos seus jogadores? Eu diria que muito poucos ou quase
ninguém, mas isso não impede que o público se desloque ao pavilhão para ver um
espetáculo de entretimento através do jogo de basquetebol, tendo-se tornado numa
marca de referência.
Podíamos colocar a mesma questão
noutras áreas.
Qual a razão das pessoas verem um
filme, uma série de televisão, um documentário ou um debate?
A resposta é simples. Porque o
conteúdo é interessante e a comunicação à volta destes produtos desperta o
interesse dos consumidores.
Nesta matéria, qual é o ponto da
situação do basquetebol português?
António Pereira
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